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O presidente do Conselho Superior da Autoridade Pública Olímpica (APO), Henrique Meirelles – ex-presidente do Banco Central –, disse que há recursos suficientes na economia brasileira para o financiamento das obras de infraestrutura necessárias para atender o público da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. "Não vejo nos próximos anos a possibilidade de uma tal reversão no desempenho da economia que gere dificuldades para as grandes obras", disse ele anteontem à noite, em Curitiba. Meirelles falou a empresários paranaenses, a convite do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-PR), que comemorou os 67 anos de fundação.

Ele destacou que os Jogos Olímpicos são um evento tecnicamente muito complexo do ponto de vista do investimento em infraestrutura, embora toda a programação ocorra apenas na cidade do Rio de Janeiro. "São muitos esportes, boa parte deles desconhecida no Brasil, com grandes exigências de engenharia", explicou.

Meirelles não cravou posição sobre a Medida Provisória 427, que estabelece o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para obras da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Defendeu a "transparência do processo", mas afirmou que é preciso assegurar que as obras sejam feitas. "É importante que a sociedade tenha absoluta tranquilidade na correção e na absoluta transparência do processo. Ao mesmo tempo, devemos ter procedimentos eficientes para que os prazos sejam cumpridos a custos competitivos", disse. A MP está em tramitação na Câ­ma­ra dos Deputados e pode ser votada na próxima terça-feira.

O economista pouco falou sobre a conjuntura econômica, porque ainda cumpre quarentena do cargo de presidente do Banco Central, que ocupou até o começo do ano e em que foi sucedido por Alexandre Tombini.

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