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Em trajetória ascendente, a inflação vai superar o teto da meta do governo (6,5%) no acumulado de 12 meses nas próximas divulgações do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mas deve perder força na sequência e fechar o ano muito perto dos 5,9% de 2010. A opinião é de Salomão Qua­dros, coordenador de análises econômicas da Fundação Getulio Vargas (FGV). Até fevereiro, o índice do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) somava alta de 6,01% em 12 meses.

O economista criticou a decisão do governo de manter a meta de inflação em 4,5%, com intervalo de tolerância de dois pontos para cima ou para baixo. Em vigor desde 2005, o porcentual já foi fixado como o objetivo central do governo até 2012.

Para Quadros, o sistema de metas no Brasil já perdura há mais de uma década e deveria perseguir índices menores de inflação, tal como fez o Chile – que adotou o regime de metas nos anos 90 e desde o início dos anos 2000 estipulou a meta entre 2% e 4%. "E cumpriu o objetivo em 75% das vezes. Mas o Chile tem um Banco Central independente e isso faz diferença", disse Quadros, no Seminário de Análise Conjuntural do Ibre, o Instituto Brasileiro de Economia da FGV.

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