O economista Paulo Rabello de Castro, que coordena o Movimento Brasil Eficiente, apresentou nesta quinta-feira (24) proposta de reforma tributária ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e ao vice-presidente Michel Temer. Batizado de "Agenda para o Avanço Acelerado do Brasil", o texto contém diretrizes até 2022 e foi formulado pela entidade Grupo de Líderes Empresariais (Lide).

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Segundo Paulo Rabello, que estava acompanhado do empresário e presidente do Lide, João Doria Júnior, a carga tributária brasileira corresponderá este ano a 37% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de riquezas produzidas num ano). E, pela proposta, poderia cair para 30% até 2022, com aumento de arrecadação.

"Esse é o pulo do gato, ao simplificar a cobrança de tributos - inclusive com a unificação do ICMS -, cortar juros, melhorar a gestão e aumentar a competitividade", conforme o economista. Ele aposta que governo promoveria o crescimento econômico e, assim, compensaria a diminuição de impostos.

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"O foco principal da Agenda Brasil é dar mais força ainda para o plano de investimentos que já está em curso e que pode ser bastante acentuado, se houver uma repactuação dos termos da dívida dos estados", Paulo Rabello, após o encontro com Mantega e Temer no início da tarde desta quinta, na Vice-Presidência, em prédio anexo ao Palácio do Planalto.

"[Isso] ajudará governadores e prefeitos a implementarem mais investimentos úteis para a população lá no interior do país. Centenas, milhares de municípios sendo beneficiados por uma liberação de recursos que hoje vão, de modo estéril, para pagamento de juros", defendeu. .

João Doria disse que o Lide e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) convidaram Mantega para debater o tema no início de julho, em São Paulo. Segundo João Doria, Mantega topou. Paulo Rabello afirmou que Mantega foi receptivo à proposta e elogiou as medidas adotadas pelo governo para enfrentar a crise internacional "Estamos apoiando o ministro Guido Mantega para trazer os juros para patamar de normalidade. Os juros no Brasil são juros de agiota", afirmou o economista.

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