Economistas mantêm perspectiva de Selic a 10,50% em 2014

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Economistas de instituições financeiras mantiveram a perspectiva para a Selic em 2014 depois de o Banco Central elevar a taxa básica de juros a 10% ao ano e deixar em aberto seus próximos passos sobre a política monetária.

Pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira (2) mostrou que a expectativa para o ano que vem é de que a Selic encerre a 10,50%, inalterado ante a semana anterior. Ao elevar na semana passada a Selic em 0,5 ponto percentual, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC alterou seu comunicado e deixou em aberto os próximos passos, levando alguns especialistas a entender que o BC pode se pautar mais pelo comportamento da atividade econômica.

A projeção para a Selic no Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, nesse período, também não sofreu alterações, e continua mostrando um aperto maior em 2014. Pela mediana, foi mantida a perspectiva de que o juro básico encerrará 2014 a 11%.

O Focus ainda mostrou pequeno ajuste na expectativa dos economistas para a inflação neste ano, com o IPCA estimado agora em 5,81%, ante 5,82% na semana anterior. Para 2014, a projeção é de IPCA a 5,92%, inalterado ante a pesquisa anterior. O IBGE divulga os dados de novembro do IPCA na sexta-feira.A perspectiva para a inflação nos próximos 12 meses, entretanto, foi reduzida a 6,09 por cento, ante 6,14 por cento anteriormente.

Crescimento da economia

Em relação ao crescimento da economia neste ano, a perspectiva foi mantida em 2,50%. Para 2014 a expectativa agora é de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,11%, ante 2,10%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga na terça-feira os dados sobre o PIB do terceiro trimestre.

Pesquisa da Reuters aponta expectativa de contração de 0,2% entre julho e setembro em relação ao segundo trimestre deste ano, quando o PIB teve alta de 1,5%, de acordo com a mediana das projeções de 40 economistas.Se confirmado, esse será o pior resultado trimestral desde o começo de 2009, em um sinal de que o crescimento recente sustentado em estímulos do governo se esgotou.