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Profissionais de nível básico, médio e técnico devem ficar atentos: o edital para a seleção dos cursos do segundo ciclo do Prominp deve sair em meados de abril, segundo o coordenador executivo do programa, José Renato de Almeida. Cerca de 42,5 mil vagas serão abertas para os treinamentos, que têm duração média de 200 horas para nível básico e 240 para médio e técnico.

Esse será o maior número de vagas oferecidas simultaneamente em todos os quatro ciclos do Prominp – que, ao todo, prevê a capacitação de quase 113 mil profissionais até 2011, segundo mapeamento feito com base nos projetos do planejamento estratégico da Petrobrás. Para Curitiba, estão reservadas cerca de 9,1 mil vagas. Outras 33 cidades, de 16 estados, também vão sediar os cursos.

A busca desesperada por trabalhadores – a Petrobrás deve aplicar R$ 304 milhões em dois anos nesses treinamentos – reflete a expansão sem precedentes esperada para o setor de petróleo e gás nos próximos quatro anos. A cada revisão anual de suas metas, a Petrobrás tem elevado consideravelmente o volume de investimentos. Entre 2007 e 2011, a estatal prevê aplicar US$ 75 bilhões em suas mais diversas áreas, como exploração e produção de petróleo, refino e distribuição de derivados. O valor é 53% superior ao estimado no planejamento anterior (2006-2010), de US$ 49 bilhões.

Mas ainda falta gente, muita gente, para trabalhar nesses projetos – e o que é um problema para a Petrobrás e suas fornecedoras, que têm recorrido a trabalhadores estrangeiros para conseguir dar conta da demanda, é uma ótima notícia para os poucos profissionais qualificados brasileiros, cada vez mais valorizados. Em uma recente tomada de preços, uma fornecedora paulista da Petrobrás estimou salários de R$ 2,7 mil a R$ 8,3 mil para engenheiros, e de R$ 3,4 mil a R$ 4,7 mil para inspetores. "Ou a gente fornece treinamento para essas pessoas no Brasil ou, como já tem sido feito, vamos ter de encomendar projetos na Índia e trazer profissionais mexicanos para cá", diz Almeida. (FJ)

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