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O empresário Eike Batista, dono da holding EBX, disse, nesta segunda-feira, que sua empresa tem interesse de investir na exploração de urânio no país, caso o governo brasileiro modifique a legislação do setor e passe a permitir, dessa forma, que investidores privados também tenha acesso a esse mercado. Hoje, as reservas de urânio são um monopólio estatal e pertencem às Indústrias Nucleares do Brasil (INB).

De acordo com Batista, o investimento em energia nuclear no Brasil é "necessário e natural", uma vez que o país já domina praticamente todo o ciclo de enriquecimento do minério e detém a quarta maior reserva mundial de urânio. O empresário ressaltou, ainda, que já existem dentro do governo discussões para abrir o setor à iniciativa privada.

- Temos interesse na área de exploração de urânio. Se o Brasil abrir (o mercado) para o setor privado, nos interessa, sim. A questão é que o país assinou o acordo de não proliferação e o governo fica responsável pela venda do produto para que ele não acabe em mãos erradas - disse Batista, durante o seminário "Novos Investimentos - O Rio respira negócios", realizado na manhã desta segunda-feira, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

O empresário afirmou, ainda, que várias companhias brasileiras estão interessadas em explorar urânio. O mercado especula que uma delas seria a Vale do Rio Doce.

- É o futuro. Não vamos escapar, somos dependentes de energia. A diferença é que essas usinas (nucleares) você instala onde quiser, perto do mercado consumidor, ao contrário das hidráulicas - frisou Batista, ao ressaltar que a energia nuclear é segura. - Cerca de 80% da energia da França é nuclear - completou.

Batista lembrou que, embora o inicial do investimento em energia nuclear seja superior ao das térmicas, o custo de mantê-las é muito mais baixo.

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