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Eike Batista: negócio com campos pode ajudar na recuperação dos negócios do grupo. | Juliana Coutinho/Creative Commons
Eike Batista: negócio com campos pode ajudar na recuperação dos negócios do grupo.| Foto: Juliana Coutinho/Creative Commons

A petrolífera OGX, uma das empresas do grupo do bilionário Eike Batista, ontem acordo para vender participação de 40% nos blocos BM-C-39 e BM-C-40, que contêm o campo de Tubarão Martelo, além das acumulações Peró e Ingá, na bacia de Campos, por US$ 850 milhões. O acordo foi acertado com a companhia estatal malaia de petróleo Petronas e estabelece que a OGX continuará como operadora dos blocos.

Além da compra de fatia nos blocos, a Petronas ficou com uma opção para adquirir 5% do capital total da OGX em poder do empresário a um preço de 6,30 reais por ação. A opção poderá ser exercida até abril de 2015. Além disso, a transação – que ainda está sujeita à aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) – foi fechada com algumas imposições da estatal malaia, que vinculou boa parte do pagamento à produção do campo de Tubarão Martelo.

A venda de ativos é vista por analistas como uma das soluções da holding EBX, de Eike, para se capitalizar e romper uma crise de confiança que vem corroendo o valor de mercado de suas empresas listadas em bolsa. A compra da participação pela Petronas ocorre depois que a alemã E.ON acertou acordo no fim de março para aumentar sua participação na companhia elétrica MPX, numa operação de US$ 2,1 bilhões. Ambos os negócios foram acertados depois que Eike fez uma parceria estratégia com o banco BTG Pactua.

Na bolsa

Os papéis da OGX chegaram a registrar alta de mais de 9%, situando-se entre os melhores desempenhos da bolsa ontem, com mais de 22 mil negócios. Mas, ao longo do dia, inverteram a posição e, depois de caírem 10% em relação ao preço referencial de R$ 2,06, encerraram o pregão com queda de 4,62% em relação ao fechamento de ontem, para R$ 1,86. O comportamento dos investidores indica o ceticismo do mercado em relação ao efeito do acordo no caixa da empresa.

Petronas

A compra da participação nos blocos e a opção para entrada no capital da OGX representa a primeira entrada da Petronas na indústria petrolífera do Brasil. Além disso, uma unidade da companhia malaia se qualificou para participação de leilão de blocos de exploração no Brasil que ocorre em 14 e 15 de maio. "A Petronas vê a aquisição como uma oportunidade altamente atraente em termos de qualidade de ativos e para crescimento estratégico de qualidade no Brasil", informou a companhia, em comunicado.

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