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O líder do governo na Assembléia Legislativa, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), apresentou ontem ao plenário documentos que supostamente comprovam "irregularidades graves" encontradas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nas contas de 2003 a 2005 do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). O deputado não explicou porque levantou a questão – que não é nova – a apenas quatro dias das eleições à presidência da federação.

O suposto desvio de R$ 1,2 milhão das contas do Sesi e do Senai teria sido detectado no início da gestão do atual presidente, Rodrigo da Rocha Loures, que assumiu em outubro de 2003 e teve o apoio do governador Roberto Requião. Concorrente à reeleição, Rocha Loures tem como adversário o empresário ponta-grossense Álvaro Luiz Scheffer, a quem Requião passou a apoiar após romper com o atual presidente.

Segundo Romanelli, o relatório do TCU cita a "contratação de serviços para causa particular, falta de transparência em processos licitatórios e pagamentos irregulares, com repasses de dinheiro sem comprovação de despesas". "A situação, hoje, não é muito diferente da administração de José Carlos Gomes Carvalho, que deixou um rombo de R$ 60 milhões. Fiquei estarrecido com os documentos que tenho em mãos", disse o deputado, segundo texto enviado à redação por e-mail pela assessoria de Scheffer.

Em resposta, o procurador jurídico da Fiep, Marco Antônio Guimarães disse que as preocupações do deputado "não se justificam", já que as contas do Sistema Fiep entre 2003 e 2005 ainda estão em tramitação no TCU e não foram julgadas. "Mesmo com ressalvas, o relatório não pede a desaprovação das contas. Apenas pede esclarecimentos no que considera erros na forma de utilização dos recursos. Não há qualquer acusação de desvios de recursos ou problemas que justifiquem a desaprovação", disse o procurador. Ainda segundo Guimarães, "já foram feitos todos os ajustes" em relação ao que foi apontado pela Controladoria Geral da União (CGU), que é quem encaminha a avaliação das contas ao TCU.

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