Dezessete dias depois de causar rebuliço no mercado financeiro ao anunciar em um tuíte que fecharia o capital da Tesla, Elon Musk, seu presidente-executivo e fundador, voltou atrás e afirmou que a montadora de carros elétricos continuará com as ações cotadas em Bolsa.
“Acredito que o melhor caminho para a Tesla é continuar uma empresa pública”, escreveu Musk no site da empresa no fim da noite de sexta-feira (24).
O empresário disse ter tomado a decisão após consultar acionistas, os grandes e os pequenos. Logo depois, diretores da empresa divulgaram comunicado em que afirmaram apoiar a manutenção de Musk no comando da empresa.
Tuíte de Musk levou a SEC a abrir uma investigação
No dia 7, o empresário provocou polêmica com um tuíte em que dizia cogitar fechar o capital da Tesla quando as ações chegassem a US$ 420 (o equivalente hoje a R$ 1,7 mil) e que o financiamento para a compra dos papéis estava garantido. Naquele dia, as ações subiram 11% em reação à publicação e fecharam cotadas a US$ 379,57.
Dias depois, publicou nota em que dizia haver um fundo árabe interessado em financiar a operação.
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O episódio levou a SEC (Securities and Exchange Commission, órgão regulador do mercado financeiro dos Estados Unidos) a abrir uma investigação. Uma lei de 1934 proíbe que empresas com ações na Bolsa anunciem planos para comprar ou vender títulos se seus executivos não têm a real intenção de fazê-lo, não tiverem os meios para fechar o negócio ou se querem manipular o preço das ações.
No dia 17, os papéis da empresa despencaram após Musk dizer ao jornal The New York Times que seu tuíte não havia sido revisado e que vivia o seu pior ano. O sul-africano Musk, que também é fundador do Space X – empresa de sistemas aeroespaciais –, tenta resolver os problemas de atraso na produção do sedã Model 3, primeiro carro da Tesla a ser fabricado em grande escala, e tornar a montadora rentável ainda neste semestre.
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