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A doméstica Silmara de Jesus Rodrigues já fez o orçamento, e espera a chegada do cartão para mobiliar a casa | Josué Teixeira/ Gazeta do Povo
A doméstica Silmara de Jesus Rodrigues já fez o orçamento, e espera a chegada do cartão para mobiliar a casa| Foto: Josué Teixeira/ Gazeta do Povo

Preços máximos

Com o cartão do programa Minha Casa Melhor é possível comprar até dez itens. Confira os preços máximos de cada produto:

• Guarda-roupa: Até R$ 380

• Cama de casal: Até R$ 370

• Cama de solteiro: Até R$ 320

• Mesa com cadeiras: Até R$ 300

• Sofá: Até R$ 375

• Refrigerador: Até R$ 1.090

• Fogão: Até 599

• Lavadora de roupas automática: Até R$ 850

• Tevê digital: Até R$ 1.400

• Notebook ou computador completo: Até R$ 1.150

Fonte: Caixa Econômica Federal

Balanço

4% do valor destinado ao programa já foi contratado

O total da linha de financiamento, que tem fundo aprovado pelo Tesouro por meio de instrumento híbrido de capital e dívida, é de R$ 18,7 bilhões, dos quais R$ 752 milhões já foram contratados no país nos primeiros 45 dias do programa. O valor representa 4% do total do fundo. Segundo a assessoria de comunicação da Caixa Econômica, o volume de contratos fechados está dentro do previsto. Depois de recebido o cartão, o beneficiário tem até 12 meses para contratar ou não o financiamento. De acordo com as regras do programa, o beneficiário começa a pagar o financiamento após a compra ou a partir do quinto mês da assinatura do contrato do financiamento. A Caixa Econômica Federal informa que todos os estados já têm contratos. Minas Gerais registra o maior número de transações até agora, com 15,6 mil contratos avaliados em R$ 77,4 milhões, seguido pela Bahia (14,9 mil contratos, de R$ 73,8 milhões) e Goiás (13,5 mil contratos, de R$ 67 milhões).

Nos primeiros 45 dias do programa Minha Casa Melhor, desenvolvido pelo governo federal e executado pela Caixa Econômica Federal, 150 mil financiamentos foram contratados no país, dos quais 10,4 mil no Paraná. Os contratos representam a entrada de R$ 51,8 milhões no comércio paranaense.

O dinheiro extra anima os varejistas. A Federação das Associações Comerciais e Empresarias do Paraná (Faciap) estima um crescimento médio de 5% nas vendas do setor. Cada mutuário do Minha Casa, Minha Vida, independentemente da faixa salarial, pode financiar até R$ 5 mil para mobiliar a residência.

Os comerciantes estão otimistas. Para os lojistas, o cartão do Minha Casa Melhor funciona como um cartão de débito e a compra, portanto, entra no caixa como se fosse uma operação à vista. Para o segundo vice-presidente da Faciap, Flávio Balan, "isso reduz a chance de inadimplência".O superintendente do grupo MercadoMóveis, Márcio Pauliki, diz que 500 clientes já compraram nas 172 lojas da rede por meio do programa e outros mil já fizeram orçamento. "O aumento nas vendas, com o programa, deve ser de 7%", aposta Pauliki.O grupo Gazin informa que renegociou com os fornecedores o envio de produtos de qualidade e com preços mais acessíveis. Conforme o gerente de marketing da rede, Edson Oleksyw, o volume de vendas através do Minha Casa Melhor é de 80 transações por dia, em média.A rede Condor intensificou a divulgação dos produtos listados no programa e vai além na projeção de vendas, esperando um aumento de até 40% nas vendas de eletrodomésticos. O grupo Pão de Açúcar (que une Casas Bahia, Pontofrio e Extra Hipermercados) ainda não consolidou o volume de vendas ocasionadas pelo programa, mas disse, em nota, que ele "contribui positivamente para o fomento da economia".ControvérsiaA expectativa de aquecimento das vendas parece consensual no comércio. Difícil é saber ao certo qual vinha sendo o desempenho do setor até o lançamento do Minha Casa Melhor, em 12 de junho.Diferentes levantamentos mostram números conflitantes a respeito do desempenho do comércio neste ano.Segundo a Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio), de janeiro a maio as vendas do ramo de móveis, decorações e utilidades domésticas cresceram 9,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O dado diverge do apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apurou uma queda de 6,1% no comércio de móveis e eletrodomésticos do estado. O mesmo IBGE aponta que, em todo o Brasil, as vendas do segmento cresceram 4%.

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