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Brasília – As primeiras transmissões de tevê digital devem começar em São Paulo no prazo de seis a oito meses, segundo estimou ontem o ministro das Comunicações, Hélio Costa, durante a solenidade em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que regulamenta a escolha do padrão japonês, o preferido das emissoras brasileiras.

Costa disse que as emissoras terão legalmente até 18 meses, após a aprovação de um projeto de instalação pelo Ministério das Comunicações, para iniciarem as transmissões comerciais. Entretanto, segundo ele, algumas empresas já informaram que pretendem antecipar esse prazo.

Até julho de 2013, daqui a sete anos, a tevê digital deverá ter chegado a todo o país. Após um período de dez anos de transição, e de transmissão simultânea de sinais analógicos e digitais, o sistema atual será desligado. A partir daí, toda televisão analógica precisará de um conversor (decodificador) para funcionar.

Costa destacou que os testes que estão sendo feitos na capital paulista entre 9 h e 14 h poderão ser estendidos para todo o dia a partir de agora. O ministro admitiu que durante o primeiro ano de funcionamento, a tevê digital não deverá contar com recursos de interatividade, esperados como uma forma de promover a inclusão digital. Esses aplicativos ficarão fora da primeira etapa de implantação porque o foco do governo no momento é promover a popularização do sistema, e para isso deverão ser lançados inicialmente equipamentos mais simples e baratos, com valores estimados entre R$ 80 e R$ 100.

Para facilitar o acesso da população aos equipamentos digitais, o governo poderá inclusive criar linhas de financiamento de baixo custo, com prestações de R$ 8 a R$ 10, segundo Costa.

Críticas

A escolha do padrão japonês gerou críticas dos representantes dos padrões americano e europeu, que afirmam que a decisão isola o Brasil, afasta investimentos e reduz o potencial de geração de empregos. O acordo prevê o uso de tecnologia japonesa com a incorporação de inovações desenvolvidas por pesquisadores brasileiros. Também haverá financiamento do JBIC (banco japonês de fomento) para a implantação da TV digital no Brasil e uma proposta de trabalho conjunto para viabilizar a modernização da indústria eletrônica brasileira.

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