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Filas para check in no aeroporto de Londrina: fusões reduzem as opções do consumidor | Gilberto Abelha/ Gazeta do Povo
Filas para check in no aeroporto de Londrina: fusões reduzem as opções do consumidor| Foto: Gilberto Abelha/ Gazeta do Povo

Estimativa

Demanda deve crescer 9% em 2013, segundo associação do setor

A demanda no mercado doméstico de aviação deve crescer entre 9% e 9,5% neste ano, segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), mas isso dependerá de um avanço de 3% a 3,5% do PIB.

Isso porque, tradicionalmente, o setor cresce a taxas duas vezes maior que o PIB. "No entanto, com a popularização do setor aéreo, nos últimos anos vimos crescimentos de três a quatro vezes", diz o diretor-técnico da Abear, Adalberto Febeliano.

Oferta

Enquanto a Gol e a TAM devem continuar seus processos de ajuste no primeiro trimestre, Azul, Trip e Avianca aumentarão a oferta doméstica. Para Abear, o resultado dessa soma, no fim, talvez seja zero.

O preço médio da passagem aérea nacional caiu mais de 40% nos últimos dez anos, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os números, que estão na 26ª edição do Relatório de Tarifas Aéreas Domésticas, divulgado ontem, indicam que o valor da Tarifa Aérea Média Doméstica Real referente ao período de janeiro a setembro de 2012 foi de R$ 273,32. Isso representa uma queda de 0,15% em relação à tarifa média de R$ 273,74 apurada em igual período de 2011. Significa, também, um valor 41,69% inferior ao de igual período em 2002, de R$ 468,71. Os valores foram corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

De acordo com a Anac, 68,89% dos assentos comercializados de janeiro a setembro do ano passado foram vendidos com valores inferiores a R$ 300. Tarifas inferiores a R$ 100 representaram 15,63% em igual período. Passagens com valor superior a R$ 1.500 representaram 0,23% dos bilhetes vendidos.

"Nos últimos anos, com o advento da liberdade tarifária e da liberdade de oferta, as empresas têm buscado cada vez mais diversificar suas tarifas e assim capturar o perfil e a preferência dos passageiros, o que tem contribuído para promover a inclusão social do transporte aéreo. Em 2002, apenas 30,45% das passagens aéreas eram comercializadas com tarifas inferiores a R$ 300. Na atualidade, esse valor alcança cerca de 70% das passagens comercializadas", avalia a superintendente de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mer­cado da Anac, Da­niel­le Crema.

A Agência destaca também que o Yield Tarifa Médio Doméstico Real (indicador utilizado que demonstra o valor médio pago por quilômetro voado) apurado entre janeiro e setembro de 2012 foi de R$ 0,34605, valor 0,80% inferior ao mesmo período em 2011 (R$ 0,34883) e menos da metade do apurado em 2002 (R$ 0,76927).

Nesses cálculos, a Anac considera dados dos bilhetes de passagem do transporte aéreo doméstico regular de passageiros, vendidos ao ao público em geral, independentemente de escalas ou conexões; e desconsiderados os bilhetes oferecidos gratuitamente, decorrentes de programas de fidelização (ou seja, do sistema de milhas), vinculados a pacotes turísticos ou a tarifas corporativas, tarifas diferenciadas oferecidas a empregados e tarifas diferenciadas de crianças.

A Anac ressalta também que a oferta mais que duplicou nos últimos dez anos, com variação de 138% e taxa média de crescimento de 10% ao ano. Nesse cálculo da oferta, a agência considera a quantidade de assentos-quilômetro ofertados. Já a demanda, representada pela quantidade de passageiros-quilômetro pagos transportados, quase triplicou e atingiu variação de 195% e taxa de crescimento de 12,8% ao ano.

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