São Paulo A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) começou o mês com uma importante valorização, de 3,33%, após acumular perdas de 9,5% em maio. O mercado de câmbio também teve um dia menos tenso e o dólar recuou 3,06%, a R$ 2,253. Dados econômicos divulgados nos Estados Unidos, que apontaram um cenário mais tranqüilo no que se refere a pressões inflacionárias, deixaram o mercado respirar. Apesar do dia benéfico, analistas afirmam que ainda é importante ter cautela, pois o mercado ainda está muito suscetível a sofrer solavancos no curto prazo.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, apenas a ação preferencial da VCP registrou baixa ontem (-0,83%) dentre as 55 de maior liquidez. Operadores de corretoras afirmaram que investidores estrangeiros voltaram a comprar ações na Bolsa doméstica ontem, o que ajudou a impulsioná-la para fechar seu pregão na pontuação máxima do dia (37.748 pontos). A ação preferencial da Cesp foi a que mais aproveitou a alta generalizada da Bolsa e terminou o pregão com valorização de 11,35%.
Investidores internacionais compraram com maior interesse títulos da dívida de emergentes, o que permitiu que o risco-país brasileiro recuasse. O indicador registrou queda de 4%, marcando 262 pontos no fim das operações. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de reduzir a taxa básica Selic de 15,75% para 15,25% anuais, anunciada no início da noite de quarta-feira, após o fechamento dos mercados, foi recebida com tranqüilidade. A maioria dos investidores e analistas esperava, de fato, que o BC cortasse a taxa básica em 0,50 ponto porcentual.
O BC, que interveio no mercado de câmbio por dois dias seguidos, preferiu ficar de fora ontem. Com a depreciação rápida do real, a autoridade monetária entrou no mercado e vendeu, na terça e na quarta, contratos de "swap cambial", que ajudaram a evitar uma alta mais forte do dólar.
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