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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em forte baixa nesta quinta-feira (9), com notícias que intensificaram a preocupação com os problemas de crédito no mundo.

As principais bolsas no globo registraram baixas acentuadas e o mercado acionário brasileiro seguiu o movimento. O índice Bovespa recuou 3,28%, para 53.431 pontos. O volume financeiro da Bovespa em R$ 4,38 bilhões, um pouco acima da média diária do ano, de R$ 4 bilhões. Apenas 5 dos 59 papéis do índice subiram.

O dólar também foi atingido pelo nervosismo e subiu mais de 2%, fechando a R$ 1,927.

Problemas na Europa

Os problemas com a inadimplência no crédito imobiliário nos Estados Unidos apareceram na Europa no dia. O Banco PNB Paribas, da França, suspendeu os resgates de três fundos lastreados no mercado de hipotecas "subprime", exatamente onde está a maior inadimplência no país.

Por isso, o Banco Central Europeu (BCE) teve de intervir fortemente no mercado para evitar um caos ainda maior. O BCE injetou US$ 130 bilhões no setor financeiro do continente, o maior volume desde 11 de setembro de 2001.

Palavra de Bush

O presidente dos EUA, George W. Bush, veio a público no dia para tentar acalmar os investidores. Ele descartou uma ajuda generalizada aos inadimplentes do setor imobiliário, mas garantiu que algum tipo de auxílio poderá ser pensado.

Para Bush, o mundo tem liquidez para superar a turbulência causada pela tensão nos EUA. Segundo ele, a economia americana é invejada por todo o mundo e apresenta fundamentos sólidos, como inflação baixa e geração de empregos.

Análise

Segundo o economista Luís Otávio Leal, do Banco ABC Brasil, a crise atual será mais duradoura do que inicialmente se pensava. Ele ressaltou que os problemas das hipotecas nos EUA já afetaram o mercado europeu e agora ameaçam a liquidez do setor financeiro no continente.

"É uma crise em movimento. É precipitado dizer que este é o pico da crise. Podemos passar outros dias bem nervosos", ressaltou.

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