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No primeiro encontro empresarial Bric-Ibas, os países integrantes do dois grupos, com exceção da China, se mostraram mais como competidores por recursos internacionais do que como parceiros complementares. Nas apresentações, os representantes de Brasil, Índia, Rússia e África do Sul destacaram as oportunidades de investimento em seus respectivos países, mas pouco falaram em cooperação.

O representante da Índia no painel de infraestrutura, Amrish Jain, comentou que o país precisa de investimentos de US$ 1,4 trilhão em infraestrutura até 2017. O diretor do departamento de cooperação internacional da Câmara de Comércio e Indústria da Rússia, Sergey Vasiliev, comentou que Moscou precisa de investimentos em rodovias, aeroportos e portos. De acordo com ele, com o fim da União Soviética, os principais portos do antigo bloco ficaram em outros países e não na Rússia.

O responsável pela gestão corporativa da Odebrecht Infraes­trutura, Carlos Hermanny, disse que o Brasil tem se mostrado um país atraente para os investidores internacionais e que possuiu vantagens, como a estabilidade de regras. No entanto, ele criticou a modelagem de alguns projetos, como os dos aeroportos, a alta taxa de juros e a demora no licenciamento ambiental.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, previu no evento que o comércio entre o Brasil e os outros países dos grupos Bric e Ibas este ano fique perto "de US$ 60 bilhões, no mínimo". Ele lembrou que no ano passado o comércio externo brasileiro com esses países foi de US$ 50 bilhões e 2009 foi um ano de crise. Segundo Amorim, está ocorrendo "um redesenho do mundo" em que os países dos dois grupos estão ganhando importância.

Para o ministro, os cinco países não querem ser "a aristocracia dos emergentes". De acordo com ele, o que eles querem é "contribuir para um mundo mais democrático em que as vozes dos pobres sejam ouvidas". Ele citou, ainda, que em reuniões entre bancos comerciais e bancos centrais dos países citados, serão atadas as questões do comércio em moedas locais e de facilitação do comércio.

O ministro do Comércio e Indústria da Índia, Anand Sharma, afirmou que "são os países de Bric e Ibas que garantiram que o mundo se recuperasse antes da recessão".

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