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Thiago Zoller, André Possolli e Erico Zoller, sócios da Casa das Plantas: faturamento duplicou em 2011 | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Thiago Zoller, André Possolli e Erico Zoller, sócios da Casa das Plantas: faturamento duplicou em 2011| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Varejo depende muito de datas como Finados e Dia das Mães

A sazonalidade é determinante para os resultados das floriculturas que dependem exclusivamente do varejo. De acordo com o Sebrae, datas especiais como Dia das Mães, dos Namorados e Finados são responsáveis por 90% das vendas de buquês, arranjos e flores únicas do varejo. Em média, o brasileiro gasta, por ano, R$ 6,77 com flores. Na Argentina o valor chega a R$ 28 por ano e, na Europa, a R$ 240, segundo o Sebrae.

Atualização

Delili Tibes, coordenador do Sindicato do Co­­­mércio Varejista de Flores e Plantas de Curitiba e Região Metropolitana (Sindiplan), afirma que o varejo de flores é muito volúvel e que, para tentar garantir bons resultados nas datas-chave, é preciso constante atualização.

Segundo Wagner Almei­­da, dono da Almeida Flores, a cada ano paga-se mais por arranjos e buquês, com a condição de que sejam cada vez mais elaborados: "Curitibano gosta de flores, mas exige criatividade nos serviços".

  • Wagner Almeida, da Almeida Flores: empreendimentos imobiliários dão impulso extra ao mercado

O mercado de flores e paisagismo destoa em um momento em que boa parte dos setores da economia obtém, na melhor das hipóteses, um crescimento que se poderia chamar de vegetativo. A média de expansão das floriculturas e afins no Brasil na última década foi de 15% ao ano, segundo a Associação Brasileira de Agronegócio de Flores e Plantas (Abafep). Comerciantes curitibanos confirmam o bom momento, mesmo não estando no chamado "triângulo das flores" – composto com Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, os três estados com maior consumo destes produtos no Brasil.

O caso da floricultura especializada em paisagismo Casa das Plantas é emblemático. Somente em 2011, a floricultura cresceu 98% em relação ao ano anterior – ou seja, o faturamento praticamente dobrou. "Estamos no mercado desde 2008 e melhoramos de rendimento ano após ano", explica o sócio André Possolli. Em seus três primeiros anos, o estabelecimento cresceu a taxas anuais próximas de 20%.

Possolli abriu o negócio com uma pequena estufa. Me­­ses mais tarde, para dar conta da demanda, construiu mais duas estruturas. Logo precisou construir outras duas, ainda maiores. "É um mercado próspero, mas que exige muito investimento e especialização da mão de obra", afirma. Mesmo com o grande crescimento no ano passado, o proprietário mantém o otimismo para 2012 – no primeiro trimestre, as receitas cresceram 25%.

O distribuidor Wagner Al­­meida está no mercado há 30 anos, sete deles em Curitiba. Proprietário da Almeida Flo­­res, ele diz que o consumo cresce sem parar, tanto de flores de corte quanto de plantas para paisagismo. "É um mercado em franca ascensão, especialmente em função dos empreendimentos imobiliários que usam as áreas verdes como diferenciais", comenta.

De acordo com a Câmara Setorial Federal de Flores e Plantas, a produção agrícola e o mercado atacadista renderam cerca de R$ 1 bilhão cada no Brasil em 2011, enquanto o varejista movimentou R$ 2,5 bilhões.

As obras na infraestrutura urbana visando à Copa do Mundo e à Olimpíada também aquecem o setor, principalmente o ramo atacadista, pois envolvem grandes investimentos em paisagismo e áreas verdes, afirma a vice-presidente da Associação Nacional de Paisagistas, Elia­­na Azevedo.

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