Brasília Depois de comemorar a decisão de Israel de retomar o comércio de carnes e derivados com o Brasil, o Ministério da Agricultura foi surpreendido com a notícia de que a Argentina endureceu o embargo aos produtos nacionais. Desde 11 de outubro, a Argentina havia suspendido as compras de animais, carnes e produtos oriundos de animais suscetíveis à febre aftosa provenientes dos cinco municípios interditados do Mato Grosso do Sul. Ontem, o governo argentino informou ao ministério que ampliou a restrição comercial para todo o Mato Grosso do Sul e também para o Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Israel foi o primeiro país a levantar o embargo aos produtos nacionais. O governo israelense informou que será permitido o comércio de carne bovina desossada e miúdos do Brasil, exceto dos produtos originários de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.
A suspensão temporária de comércio foi determinada depois de confirmados focos de aftosa no Mato Grosso do Sul. Alguns países suspenderam o comércio de forma integral e outros, parcialmente. Apesar de a iniciativa privada ter considerado como "fato positivo" o fato de Israel ter levantado parcialmente o embargo à carne brasileira, a lista de países que suspenderam o comércio aumentou, segundo balanço da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio.
No total, 51 países limitaram as compras por causa dos problemas sanitários. Até a semana passada, esse número era 49. O Líbano suspendeu as compras de ruminantes, suínos e carnes bovina e suína do Mato Grosso do Sul. Já o Marrocos proibiu as compras de carne bovina de três estados: Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.
O número de focos no Mato Grosso do Sul também não pára de subir. Técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária do ministério informaram também que subiu para 25 o número de casos da doença. O novo caso foi descoberto na área interditada do estado, que fica no extremo sul, no município de Mundo Novo.
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