A nova restrição temporária imposta pelo Serviço Federal de Fiscalização Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) à importação de nove unidades frigoríficas de carne bovina e uma de suína pode ter riscos à imagem do setor no comércio mundial de carnes.
Para o diretor da Ativa Corretora, em relatório ao mercado, a suspensão não afeta as companhias, porque elas podem direcionar o atendimento ao mercado de outras unidades sem custos significativos.
"Porém, o fato da suspensão ter sido causada por razões sanitárias e veterinárias, ainda mais por órgãos de países estrangeiros, corrobora as preocupações com um dos maiores riscos do setor no Brasil, o de regulação sanitária", afirmou o especialista, no documento.
Já para o analista do BB Investimentos, Nataniel Cezimbra, também em relatório ao mercado, há riscos consideráveis para as companhias. Dentre eles, o risco de receita, já que o mercado russo é o principal importador de carne bovina brasileira; de custos, relacionados à realocação das plantas produtoras para exportação e comercial de exposição ao mercado russo, pois o mercado diminuirá sua dependência de importação de proteínas.
"Neste primeiro momento não alteraremos nossos preços-alvo ou ratings, pois acreditamos que as companhias possuam flexibilidade à adequação das mudanças operacionais e comerciais. Acompanharemos os desdobramentos deste evento para incorporá-los de forma justa em nossas avaliações", declarou o analista.
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