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Aeronave E190-E2, da família E2, a grande aposta na aviação comercial da Embraer.
Aeronave E190-E2, da família E2, a grande aposta na aviação comercial da Embraer.| Foto: Gerson Fujiki/Embraer

A Embraer registrou prejuízo líquido atribuído aos acionistas de R$ 160,8 milhões no primeiro trimestre de 2019, valor 23% superior ao prejuízo de R$ 130,4 milhões registrado um ano antes. O balanço apresentado na manhã desta quarta-feira (15) ainda não considera a separação de ativos e passivos da Unidade de Aviação Comercial, que formará a joint venture com a Boeing.

Assim, as informações financeiras trimestrais (ITR) completas do período, revisadas por um auditor externo, e que são uma exigência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) serão divulgadas em 31 de maio. A aprovação da parceria estratégica entre a fabricante brasileira e a norte-americana por seus acionistas saiu apenas no fim de fevereiro.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) totalizou R$ 120,3 milhões no primeiro trimestre, retração de 32% frente aos R$ 177,1 milhões registrados um ano antes. A margem Ebitda, por sua vez, ficou em 3,9%, um declínio de 1,8 ponto porcentual (p.p.) frente ao 5,7% do primeiro trimestre de 2018.

Apesar da queda no número total de entregas – tanto em relação ao mesmo período de 2018 quanto em relação ao último trimestre do ano passado, quando a empresa registrou seu maior prejuízo em dez anos –, a receita líquida seguiu estável entre os períodos, com leve alta de 0,32%, passando de R$ 3,111 bilhões no primeiro trimestre de 2018 para R$ 3,121 bilhões. No quarto trimestre, a companhia obteve uma receita de R$ 6,477 bilhões.

Em conferência com analistas, o ex CEO e novo CFO da Embraer, Nelson Salgado, disse que a companhia ainda não sentiu qualquer mudança nas demandas da Aviação Comercial em razão da parceria com a Boeing.

A empresa também reafirmou todo o seu guidance, tanto financeiro quanto de entregas, para o ano de 2019. A grande missão da empresa em 2019 é a conclusão da nova empresa com a Boeing e o pagamento de US$ 1,6 bilhão em dividendos aos investidores fruto da operação com a companhia norte-americana.

Pontualmente, as apostas da companhia brasileira estão centradas na continuidade do sucesso da família E-2 na aviação comercial, que teve duas entregas importantes, a do primeiro 1.500° E-JET e a do primeiro E190-E2 em 2018, e deve gerar um acréscimo nas entregas entre 85 e 95 aeronaves (foram 90 em 2018), além do potencial crescimento das entregas na aviação executiva, entre 95 e 110 aeronaves (foram 91 em 2018), centrado principalmente no Phenom 300 (jato leve mais vendido do mundo pelo sétimo ano consecutivo) e no Praetor (cujas versões 500 e 600 foram lançadas em 2018).

Em release de resultados, a fabricante brasileira de aviões ressalta que, na comparação entre mesmos trimestres a variação cambial ocorrida no período, com uma apreciação de 17% do dólar em relação ao real, afetou positivamente diversas contas e o resultado no primeiro trimestre de 2019.

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