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A Agrishow, a maior feira de agronegócios do país, não é só palco para negócios envolvendo sementes, tratores e colheitadeiras, mas anima também o setor de aviação. Prova disso é que a Embraer entregou nesta sexta-feira (4), durante o evento, em Ribeirão Preto (interior de SP), três modelos do primeiro avião movido a etanol no mundo, o Ipanema Álcool, a um empresário paulista.

O valor total do negócio foi de quase R$ 2 milhões, já que cada aeronave que pode adubar, pulverizar e semear lavouras custa R$ 640 mil. A grande vantagem do modelo, segundo o empresário Bruno Vasconselos, comprador das máquinas e dono da empresa Sana Agroaérea, que presta serviços no interior paulista, é a economia de combustível, que pode chegar a 25%.

Ao contrário da gasolina, que é mais cara para a aviação - cerca de R$ 3,50 o litro -, o álcool custa que abastece aviões custa o mesmo que o usado em automóveis. "(Em termos de consumo), a relação de álcool para aviões é a mesma para carros: o motor consome um pouquinho mais, mas compensa porque custa bem menos que a gasolina", ressalta o empresário, que vai unir as três aeronaves à sua frota de nove máquinas.

Nova tecnologia

A tecnologia do motor a álcool para aeronaves foi lançada em 2005 e é resultado de três anos de pesquisa da companhia - o modelo Ipanema movido a gasolina existe há 30 anos. Segundo o diretor industrial da empresa, Almir Borges, 29 aeronaves já foram vendidas desde o lançamento do modelo a etanol. Cada unidade custa R$ 640 mil, R$ 10 mil a mais que um avião do mesmo modelo movido à gasolina.

Além disso, a empresa comercializou 140 kits de conversão, que adaptam o motor à gasolina para funcionar abastecido com o biocombustível. Por enquanto, a novidade existe apenas para aviões de pequeno porte, como o Ipanema. Segundo o executivo, a Embraer não tem intenção de lançar aviões maiores movidos a álcool.

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