• Carregando...
Valor destinado à pesquisa corresponde a 20% do necessário, diz Arraes | Antônio More/ Gazeta do Povo
Valor destinado à pesquisa corresponde a 20% do necessário, diz Arraes| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

O Brasil precisa quintuplicar o orçamento destinado à pesquisa agrícola para atender à demanda dos produtores e acompanhar a concorrência das empresas privadas, principalmente as estrangeiras, que hoje dominam o mercado de sementes. A avaliação é do diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes, palestrante da edição de ontem do Ciclo de Palestras Informação e Análise do Agronegócio, promovido pela Gazeta do Povo, no auditório da Ocepar, em Curitiba.O principal assunto do encontro foi o desafio da pesquisa nacional diante do ambiente competitivo e globalizado da produção de alimentos. Segundo Arraes, hoje apenas 0,2% do PIB brasileiro – aproximadamente R$ 7,35 bilhões – é aplicado em ciência e tecnologia agrícola. Os valores subiram nos últimos seis anos, mas o ideal, diz ele, seria destinar no mínimo 1% do PIB (R$ 36,8 bilhões) ao desenvolvimento de novos produtos e sementes.

Diante do cenário de recursos escassos, os institutos de pesquisa agrícola nacionais perderam espaço no mercado brasileiro de sementes para as empresas estrangeiras. Apesar disso, diz Arraes, o Brasil ainda é modelo no setor agrícola. "Estamos extremamente bem posicionados no cenário mundial. O Brasil tem, por exemplo, o único laboratório de nanotecnologia para o agronegócio do mundo."

Paraná

O secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, concorda com a necessidade de mais recursos para pesquisa. A intenção, diz, é repassar 2% da receita estadual para pesquisa e desenvolvimento. "Precisamos pegar o dinheiro e destinar para pesquisa e não para manter a máquina, como é feito hoje." O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), principal instituição de pesquisa do Paraná, tem orçamento de R$ 90 milhões para 2011, sendo que o ideal seria um valor R$ 20 milhões maior. "Estamos buscando outras fontes para obter recursos, como emendas federais e venda de projetos."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]