Os emplacamentos de veículos novos no mercado brasileiro somaram o recorde de 220.951 unidades em fevereiro, uma alta de 10,83% em relação a igual período de 2009, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Na análise com janeiro passado, vê-se um avanço de 3,58%. Os dados incluem automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Os emplacamentos no bimestre também foram recorde: 413.122. Com esse número, o mercado brasileiro supera em 4,2% o recorde de 396.448 unidades comercializadas entre janeiro e fevereiro de 2008. No primeiro bimestre de 2009 as vendas foram de 381.137 unidades.
Levando-se em conta o desempenho de todos os segmentos analisados pela Fenabrave, que inclui motos e implementos rodoviários, o setor automotivo vendeu 349.433 unidades em fevereiro, alta de 11,96% sobre o mesmo intervalo de 2009 e de 1,94% ante janeiro.
O impulso nas vendas veio do fato de que fevereiro foi o penúltimo mês de vigência do desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que vale para os veículos flex. Ao fim de março, o benefício fiscal, que no momento incide sobre carros bicombustível, acabará.
Considerando apenas automóveis e comerciais leves, as vendas em fevereiro subiram 10,45%, para 211.371 unidades, ante mês idêntico do ano passado. No confronto com janeiro, houve um acréscimo de 4,77% no número de emplacamentos.
Já a venda de caminhões e ônibus, com 9.580 unidades em fevereiro, avançou 19,93% frente a fevereiro de 2009. Porém, em relação a janeiro, houve queda de 17,19%. Foram vendidas 120.832 motocicletas em fevereiro, expansão de 13,20% sobre o segundo mês de 2009. Contudo, em comparação a janeiro último houve redução 0,57%.
As vendas de implementos rodoviários somaram 3.301 unidades no mês passado, elevação de 45,68% sobre fevereiro de 2009. Relativamente a janeiro, foi registrada uma redução de 8,13%.
Ranking
De acordo com a federação, a Fiat liderou com 22,73% as vendas de automóveis e comerciais leves no bimestre. A General Motors vem na segunda posição, com 20,92%, seguida da Volkswagen, com 19,91%. A Ford, que apareceu com 11,11%, figura na quarta posição, seguida pela Renault (4,23%).
IPI
Diante dos números, o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, chegou a dizer que o desconto do IPI para o setor não é mais necessário. Apesar disso, ele acredita que março, último mês de vigência do incentivo, dever ter vendas bem superiores às de janeiro e fevereiro. Além das condições macroeconômicas favoráveis, Reze acha que as vendas de veículos terão o estímulo das promoções "agressivas" por parte das montadoras.
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