Hans Wahl, da Insead: real necessidade do novo negócio é determinante para o sucesso| Foto: Daniel Derevecki / Divulgação

Começou nessa segunda-feira o Fórum Internacional de Sustentabilidade Empreen­de­dorismo (Empresar 2013), pro­­movido pela Escola de Ne­gócios da Universidade Positivo (UP) com o apoio do projeto Empreender-PME da Gazeta do Povo. O evento, que tem por objetivo incentivar novas práticas empreendedoras no país, traz a Curitiba, até esta terça-feira, doze palestrantes internacionais para discutir questões relacionadas ao empreendedorismo de alto impacto.

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A palestra de abertura de evento discutiu o papel da nova economia dentro do empreendedorismo. Ricardo Catto, consultor empresarial da Ernst & Young Terco, discutiu as características do empreendedor e a necessidade da empresa ir além das obrigações legais. Para Catto, é de extrema importância que os colaboradores estejam cientes da contribuição do trabalho que realizam para a sociedade. "É importante que o empresário crie valores dentro da instituição", afirmou.

O consultor ainda destacou as principais áreas que um empreendedor deve investir para obter êxito, de acordo com os presidentes de 80 empresas de sucesso – educação, cidade sustentável, indústria, agronegócio, nova economia e serviços de biodiversidade. "De acordo com essa pesquisa, quem investir em qualquer uma dessas seis áreas terá sucesso. É importante que o empreendedor invista no que a sociedade precisa", explicou o consultor.

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Em outra palestra, Hans Wahl, diretor executi­vo do Programa de Em­pre­en­dedorismo Social da Insead, elencou cinco opções para criar um empreendimento de sucesso: conhecer a escala de impacto e a urgência do problema; mensurar o nível de negligência; saber quais os benefícios para superar a exclusão; pontuar o valor a ser criado; e ponderar quais oportunidades existem para criar uma economia sustentável.

Já Renee Ben-Israel, vice-presidente para Propriedade Intelectual do Yissum Co de Jerusalem, em Israel, defendeu maiores investimentos públicos em educação e tecnologia. Segundo ela, o estado de Israel, que investe em educação 5,9% do Produto Interno Bruto (PIB) e injeta 66% dos fundos estatais para pesquisa em startups, é um bom exemplo disso.

De acordo com ela, é necessário apostar na pesquisa tecnológica para que as empresas inventem e criem novos empregos – gerando renda como consequência. Com a criação da Lei da Inovação de 2004 e da Lei do Bem de 2005, o Brasil também está no caminho certo, segundo ela. "As universidades são o lugar adequado para que isso aconteça, no mundo inteiro são reconhecidas como o melhor lugar para investir", explica.

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