Apaixonada por moda, Liliana Ricciardi, de 35 anos, até pouco tempo precisava pedir para uma costureira fazer peças inspiradas nas décadas de 1940 a 1960. Na loja que mantém com o marido, Marcelo Ricciardi, ela comercializa roupas femininas vintage, mas muitas das peças importadas não se adequam ao corpo das brasileiras.
Mercados vintage e retrô ganham força
Nichos apostam no marketing emocional para atrair clientes apaixonados por produtos antigos ou que remetem ao passado
Leia a matéria completaPara solucionar esses dois problemas, Liliana lançou a marca própria de moda feminina Mademoiselle Lilly, que produz roupas, acessórios e sapatilhas retrô. A linha de roupas deve começar a ser vendida em dezembro e a inspiração são os anos 1950 e a as pin-ups. O investimento inicial foi de R$ 10 mil e agora, com a expansão, já chega a R$ 100 mil.
Apesar de o Sebrae não ter dados sobre quantas pessoas empreendem na área, chama atenção o fato de empresários da área atuarem tanto no comércio como na fabricação de itens retrô. Isso acontece porque as grandes marcas não investem em mercado de nicho até que ele se consolide, o que gera oportunidade para pequenos empresários, que não precisam competir com companhias renomadas.
Rentabilidade
Para ter lucro com uma fábrica retrô ou um comércio vintage, é necessário entregar ao cliente mais que um produto. A ideia, segundo especialistas, é apostar no marketing emocional ao fazer o consumidor reviver boas experiências do passado.
Em uma loja física, por exemplo, é possível transformar o espaço em ponto de encontro para quem busca ouvir música em disco de vinil ou ler publicações antigas. Investir em aromas que remetem a décadas anteriores é outra opção para quem confecciona peças de roupas ou objetos de decoração.
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