Com um olho na juventude brasileira e outro na tecnologia, quatro profissionais curitibanos se reuniram para criar uma empresa com soluções para transformar o aprendizado nas escolas e permitir que o ensino finalmente falasse a mesma língua dos estudantes, apostando na educação 3.0, que une ensino e tecnologia. Fundada em 2013 por Wellington Moscon, sua esposa Priscila, e os sócios Alex Werner e Marco Vieira, a Eruga leva a realidade aumentada (RA) para o meio educacional e, por meio de conteúdo interativo e gamificação, transporta conteúdos complexos para o mundo digital.
Por meio de um smartphone, tablet ou os chamados smart glasses (óculos inteligentes), o aluno vê em três dimensões o conteúdo do livro didádico. Para aprender sobre o sistema solar, por exemplo, ele pode comparar o tamanho dos planetas, colocá-los na ordem correta e observar sua órbita.
Gamificação ajuda a despertar interesse dos alunos
Com a inclusão das soluções digitais no material didático, a ideia das escolas é que os alunos utilizem o recurso de RA não só em sala, mas principalmente em casa, fazendo exercícios e se familiarizando com assuntos antes de serem dados em sala.
Leia a matéria completa“Queríamos oferecer um aprendizado diferente por meio de tecnologia com significado. É uma demanda que tem vindo dos alunos e tem grande potencial para atualizar e melhorar o sistema educacional no país”, diz Moscon, diretor da empresa.
Com investimento inicial em torno de R$ 100 mil de capital próprio dos sócios, no último ano a Eruga passou por dois períodos de aceleração, na Artemisia, aceleradora paulistana focada em negócios de impacto social, e na Wow, em Porto Alegre, onde recebeu um aporte de R$ 150 mil.
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Educação
Por meio de uma parceria com a Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista), a equipe da Eruga deve explorar seu DNA educacional também na formação de novos profissionais na área de desenvolvimento de aplicativos de realidade aumentada. A ideia é aumentar a mão de obra especializada no país e também absorver profissionais para atuar na criação de novas soluções da startup.
Em dois anos de atividade, a empresa já conta com clientes como Editora Positivo, Senai e Rede Salesiana. A previsão é de um faturamento de R$ 2 milhões em 2015, com 15 mil estudantes usufruindo da tecnologia. Com 110 escolas, a Rede Salesiana deve oferecer a solução, chamada “O porquê das coisas”, para 20 mil alunos até 2017.
Além dos ensinos médio e fundamental, a empresa desenvolve produtos em RA para escolas de idioma, com exercícios e conteúdos interativos, e o ensino técnico, no qual o aluno pode gerar protótipos, testar materiais e fazer uma simulação em tamanho real. “Queremos quebrar a abstração do ensino e ensinar com problemas do dia a dia, por meio de uma experiência completa, na qual o aluno visualiza e interage com o objeto de estudo, além de alcançar a tão falada transdisciplinaridade”, explica o empreendedor.
Parceria
Pioneira no Brasil, a solução criada pela empresa curitibana chamou a atenção da japonesa Epson, fabricante de equipamentos de informática, com quem firmou no início deste ano uma parceria de exclusividade no fornecimento de soluções educacionais. Com isso, o produto da startup passou a ser integrado ao óculos Moverio BT-200, que o aluno pode vestir para ter acesso à RA, utilizando seu smartphone como controle.
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