Após constatar que estava apenas conseguindo pagar as contas e que qualquer alteração no fluxo de caixa poderia causar prejuízos financeiros, a Beta - A Fantástica Casa das Startups anunciou o encerramento das atividades. Criada há um ano, a casa de dois andares no bairro São Francisco se propunha a ser o novo lar dos empreendimentos inovadores em Curitiba.
A Beta utilizava como modelo a gestão compartilhada, em que todos os frequentadores eram corresponsáveis pelas ações e estratégias do espaço. Havia apenas três pessoas que trabalhavam diretamente na gestão do empreendimento. “A operação começou a se tornar cara e as pessoas não têm dado tanto interesse em estar em comunidades e coworkings”, explica o gestor de comunidade da casa, Felipe Comunello.
Ele explica que as startups começam sem dinheiro em caixa e que compartilhar as despesas de um escritório fica muito caro para algumas. O valor do aluguel do sobrado era de R$ 6.500, incluindo IPTU. Segundo os organizadores do projeto, eles não chegaram a entrar no vermelho, mas, antes que isso acontecesse, decidiram encerrar as atividades.
A casa contava com 15 startups instaladas e cerca de 50 pessoas frequentavam o espaço para desenvolver seus negócios. A maioria vai para outros espaços de coworking da capital, como o Impact Hub. O empreendedor Maxwill Braga, da Muuvit, afirma que busca encontrar um lugar que se assemelhe à Beta, “onde as pessoas são cordiais, as conversas tranquilas e não aceleradas e atropeladas como é comum em ambientes de startups”.
Proposta
Apesar do encerramento das atividades, os participantes da Beta - A Fantástica Casa das Startups afirmam que a proposta do lugar – uma comunidade de startups com modelo de gestão compartilhada – é importante para a troca de experiências. “Nunca fomos apenas uma estrutura, a Beta sempre foi muito mais do que um espaço, a Beta é uma ideologia, uma sociedade”, diz Valquiria Rumor, gerente de comunicação do projeto.
Durante o ano em que esteve em atividade, o espaço promoveu diversos eventos para fomento do empreendedorismo. Mas, na visão dos associados, o diferencial estava no ambiente colaborativo, que permitia o convívio com diversos empreendedores e a troca de experiências no dia a dia.
Um dos fatores que pode ter influenciado o fechamento do espaço foi a falta de um líder. “Sempre sentimos a falta de lideranças. Acredito que esse foi meu principal aprendizado: não precisamos de chefes para nos dizer o que fazer, mas precisamos de líderes para nos inspirar e guiar em momentos que não saberemos como agir”, explica Thiago Alves, da Ideia no Ar.
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