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A pergunta sobre o valor de um negócio passa a ter respostas bastante diferentes quando respondidas a partir da ótica do empreendedor ou quando da ótica do investidor. Mesmo que estes adotem a mesma metodologia de valoração os aspectos da percepção do potencial do negócio ou de seu risco geram diferentes valores do mesmo empreendimento.

O empreendedor possui uma visão do potencial do mercado com base na avaliação das vantagens de sua solução em relação aos concorrentes. Sua constatação mais ou menos a seguinte:

Mesmo sendo minha solução melhor eu lançarei a um preço menor, considerando ainda que conquistarei "apenas uma pequena" participação no mercado o Fluxo Descontado de Caixa de meu negócio aponta para um valor de (por exemplo) R$ 5,6 milhões. Mesmo defendendo este valor, no fundo no fundo o empreendedor ainda acha o valor baixo, porque segundo ele suas premissas foram bastantes conservadoras.

Sob uma abordagem genérica o investidor avalia sob uma ótica de qual a rentabilidade ele espera do negócio considerando o risco envolvido. Uma vez que os mercados possuem rentabilidades médias a variável na avaliação passa a ser a percepção do risco que o investidor tem em relação ao negócio e também sobre a capacidade de entrega do empreendedor. A falta de informações sobre estes dois aspectos é inversamente proporcional à percepção de risco, ou seja, quanto menos eu conheço do negócio ou empresa maior será seu receio (taxa de desconto aplicada) de que aquele negócio não será capaz de dar o retorno esperado por ele ou prometido pelo empreendedor.

A equalização das diferenças do valor do meu negócio versus a do seu negócio passa necessariamente pela ótica do mercado comprado, que é a fonte geradora de caixa do negócio e consequentemente de seu valor. Por este motivo uma boa avaliação do potencial de mercado e também a validação das premissas (colocar em prática o modelo de negócio) mesmo em pequena escala, reduzirá a percepção de risco do empreendimento e atestará a capacidade do empreendedor em executá-lo.

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