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Metalúrgicos de Volks e Renault mantêm greve

Sem novas propostas por parte das montadoras, os trabalhadores da Volkswagen e da Renault/Nissan mantêm a greve iniciada na semana passada. Segundo Jamil Dávila, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), ninguém trabalhou ontem nas fábricas das duas montadoras em São José dos Pinhais. "Estamos abertos à discussão, mas, para que se marque um novo encontro, é preciso que elas tenham propostas para apresentar", disse o sindicalista. Os trabalhadores querem reajuste de 10% (reposição da inflação mais aumento real de 5,3%), repasse de 1% pendente desde o ano passado e um abono de R$ 2 mil a ser pago neste mês, além de aumento do piso salarial. Na fabricante de ônibus e caminhões Volvo, de Curitiba, os trabalhadores estão de folga desde sexta-feira, em regime de banco de horas, e só voltam ao trabalho amanhã. A direção da empresa e do SMC devem se reunir hoje para discutir o reajuste salarial.

São Paulo

Os metalúrgicos da região do grande ABC paulista também prometem cruzar os braços a partir de hoje. Segundo nota enviada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, os trabalhadores do ramo de autopeças ficarão parados até a sexta-feira. Amanhã, será a vez de funcionários das montadoras paulistas paralisarem a produção. O sindicato informou, no comunicado, que as paralisações de amanhã e sexta ocorrerão em fábricas e turnos definidos pela entidade e "não serão divulgadas com antecedência".

  • Fábrica de equipamentos metálicos em Curitiba: emprego na indústria do Paraná vem mostrando leve recuperação

RIO DE JANEIRO - O nível de emprego na indústria brasileira voltou a subir, depois de nove meses em queda. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o pessoal ocupado no setor cresceu 0,4% entre junho e julho. Em relação ao mesmo período de 2008, no entanto, a queda ainda é brusca, de 7%, e representa o oitavo recuo consecutivo nessa base comparativa. Esse resultado também é o pior já apurado pela pesquisa, iniciada em 2001, e indica que o emprego industrial retrocedeu aos patamares de abril de 2004.

O IBGE não divulga resultados mensais para cada uma das áreas pesquisadas, mas, na análise das informações referentes ao Paraná, é possível observar que o emprego industrial no estado vinha mostrando uma leve recuperação em meses anteriores. Além disso, da mesma maneira que no restante do país, as fábricas paranaenses empregam hoje bem menos do que em 2008. No último mês de julho, a indústria do Paraná empregava 7,35% menos trabalhadores do que no mesmo período de 2008.

Os vilões têm sido os setores mais sensíveis à queda no comércio internacional e à crise econômica mundial, como o madeireiro (queda de 18% no pessoal ocupado no Paraná, em relação a julho do ano passado), o vestuário (-15%) e a produção de máquinas e equipamentos (-11,8%).

Em todo o país, houve queda do emprego em 17 dos 18 setores pesquisados – a única alta foi de papel e gráfica (+8,6%). Na divisão por regiões, o contingente de trabalhadores diminuiu nas 14 áreas investigadas.

Bons sinais

Para analistas econômicos, os resultados do emprego industrial em julho mostram o fim do processo de ajuste que o mercado de trabalho do setor vinha sofrendo em consequência da crise. O economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Indus­­trial (Iedi) Rogério Souza avalia que os dados do IBGE revelam um "ponto de inflexão" em direção a uma reação mais vigorosa nos próximos meses.

"No desempenho mês a mês, observamos que o emprego industrial vem respondendo, com certa defasagem já esperada, à expansão da produção industrial, iniciada em janeiro deste ano", afirma André Macedo, economista da coordenação de indústria do IBGE.

Outro aspecto importante da pesquisa é que, descontados os efeitos sazonais, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria ficou estável em relação ao mês anterior, após ter assinalado crescimento de 0,6% em junho. Macedo ressalta que esse indicador é importante, pois, quando sobe, sinaliza que pode haver aumento de contratações no mês seguinte. "Como nesse mês [julho] ficou estável, sinaliza manutenção de patamar de ocupação para o mês seguinte", diz Macedo.

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