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A análise dos indicadores econômicos de 2011 mostra que o Brasil apresenta taxas historicamente baixas em quesitos como desemprego e informalidade, mas que, mesmo assim, é preciso cautela em relação às previsões sobre o mercado de trabalho para os próximos meses. O alerta é da edição número 50 do Boletim Mercado de Trabalho, divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no qual são apresentados dados sobre o mercado de trabalho metropolitano no ano passado.

Carlos Henrique Corseuil, coordenador do boletim e técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, ressalta que a taxa de desemprego, que atingiu 4,7% em dezembro, foi a menor desde 2002, e que o grau de informalidade da economia brasileira ficou em torno de 34%. "Além disso, o rendimento teve alta e os indicadores, em geral, foram muito positivos", diz.

Por outro lado, o estudo mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro não cresceu no terceiro trimestre de 2011, na comparação com o segundo trimestre, e que o setor industrial reduziu o número de funcionários no primeiro e terceiro trimestres, voltando a apresentar uma piora que persistiu no quarto trimestre – sinais de perda de dinamismo, segundo o estudo.

O boletim relaciona alguns fatos para justificar a cautela em relação a um parecer econômico para os próximos meses – entre eles, a estagnação no crescimento da população ocupada observada no último trimestre. Além disso, a pesquisa alerta sobre a perda de dinamismo do emprego industrial. "Em que pese o fato de que o setor terciário vem sendo responsável em grande medida pelo bom desempenho do nosso mercado de trabalho nos últimos anos, será necessário um desempenho cada vez melhor desse setor para a manutenção desse quadro, caso a indústria não reverta a tendência de queda", diz o estudo.

Apesar de pregar cautela, Corseuil reconhece que a economia brasileira continua aquecida. "A pesquisa mostra que, por enquanto, não tivemos grandes problemas com o rebatimento da crise internacional", salienta o pesquisador do Ipea.

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