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Fábrica da Positivo Informática, em Curitiba: área de aparelhos elétricos e eletrônicos tem 11,9% mais empregados em agosto de 2010, na comparação com o mesmo mês de 2009 | Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
Fábrica da Positivo Informática, em Curitiba: área de aparelhos elétricos e eletrônicos tem 11,9% mais empregados em agosto de 2010, na comparação com o mesmo mês de 2009| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Estados Unidos

95 mil vagas a menos em setembro

A taxa de desemprego nos Estados Unidos permaneceu em 9,6% no mês de setembro, segundo os números oficiais divulgados ontem pelo Departamento do Comércio norte-americano. O número representa 14,8 milhões de norte-americanos desocupados. Foram fechados 95 mil postos de trabalho. A taxa, mesmo estável, tem efeito negativo, já que as estimativas apontavam para queda de apenas 10 mil vagas. De acordo com o relatório, o declínio federal é devido à perda temporária do Censo 2010, com a diminuição de 77 mil postos de trabalho.

De maio a agosto, a economia americana manteve a variação na taxa de desemprego entre 9,5% e 9,7%. A diferença em relação ao mesmo mês de 2009 também não é expressiva – há um ano, o percentual de desempregados era de 9,8%. A média de horas trabalhadas no país permaneceu inalterada, com 34,2 horas por semana, enquanto a remuneração média cresceu 0,1%, para US$ 22,67, por hora trabalhada. Nos últimos 12 meses, a remuneração subiu 1,7%. Em setembro, o setor privado também teve aumento na remuneração (1%) para US$ 19,10 por hora. Na quarta-feira, foi divulgado que o setor privado perdeu 39 mil vagas no mercado de trabalho de agosto para setembro deste ano, segundo o relatório da consultoria de recursos humanos ADP.

Folhapress

  • Acompanhe os índices de crescimento no setor

O nível de emprego na indústria brasileira cresceu pelo oitavo mês consecutivo em agosto, atingindo patamar 0,1% superior ao de julho, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a igual período em 2009, houve alta de 5,2%. No acumulado de 12 meses, o indicador passou para o lado positivo pela primeira vez desde março de 2009, apontando para uma expansão de 0,5% em relação aos 12 meses encerrados em agosto de 2009 – até julho, esse mesmo índice mostrava queda de 0,5% no nível de emprego.

Para o técnico da coordenação de indústria do IBGE André Macedo, os dados mostram uma predominância de resultados positivos que confirmam a crescente recuperação do emprego no setor industrial, ainda que o patamar da ocupação continue 1,8% abaixo do recorde de setembro de 2008, quando os efeitos da crise ainda não haviam sido notados. Segundo Macedo, isso ocorre porque o ajuste que a crise provocou no mercado de trabalho foi mais forte do que o realizado na produção – que se recuperou mais cedo do baque, conseguido superar o patamar anterior às turbulências já em março de 2010.

O técnico destacou o retorno do crescimento no número de horas pagas, de 0,8% em agosto ante julho, após uma queda de 0,3% em julho ante o mês anterior. Segundo ele, essa alta reflete o pequeno aquecimento registrado na atividade industrial, no terceiro trimestre, em relação ao segundo trimestre do ano.

O valor da folha de pagamento dos trabalhadores, por sua vez, diminuiu 2,9% em agosto. Um recuo que, segundo Macedo, foi "pontual" e reflete um efeito de base de comparação importante do resultado de julho, quando houve aumento de 1,9% na folha, alavancado pelo pagamento de bônus e benefícios em empresas da indústria extrativa. "É uma queda natural e pontual, no mês que vem já não haverá essa influência", disse. Ante agosto de 2009, a folha aumentou 9% e, no acumulado em 12 meses, houve avanço de 2,5%.

Regiões e segmentos

O crescimento do emprego foi generalizado em agosto, disseminando-se por todas as regiões e pela maior parte dos segmentos industriais. Em termos regionais, os maiores avanços ocorreram no Rio Grande do Sul, cujo nível de emprego subiu 8,1% em relação a agosto de 2009; na Região Nordeste (6,7%); e em São Paulo (3,8%).

No Paraná, a expansão ficou abaixo da média nacional, em 1,7%, com destaque para o aumento do número de trabalhadores nas indústrias de máquinas e equipamentos (19,9%), metalurgia básica (14,6%) e aparelhos elétricos e eletrônicos (11,9%). Por outro lado, os principais responsáveis pelo baixo crescimento foram os segmentos de alimentos e bebidas, com queda de 4,4%, e de petróleo e álcool (-21,8%).

Na divisão por segmentos industriais, houve avanço do emprego em 13 dos 18 ramos pesquisados no país. As maiores contribuições vieram das indústrias de máquinas e equipamentos, cujo nível de emprego em agosto era 12,7% superior ao do mesmo mês de 2009, meios de transporte (9,5%) e produtos de metal (9%). Por outro lado, houve retração de 2,5% no número de trabalhadores da indústria de vestuário.

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