O número de pessoas empregadas na zona do euro caiu novamente nos últimos três meses de 2011, enquanto os custos com a hora de trabalho aumentaram, destacando a dificuldade da Europa em promover uma recuperação no mercado de trabalho, a exemplo dos Estados Unidos.
O emprego nas 17 nações da zona do euro caiu 0,2 por cento no quarto trimestre na comparação com o terceiro, informou nesta quinta-feira o escritório de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat.
O tamanho da população empregada encolheu na mesma proporção do terceiro trimestre ante o segundo, na medida em que o devastador impacto da crise de dívida soberana começou a prejudicar a economia no bloco.
Esse resultado se contrasta com os Estados Unidos, onde os empregos não agrícolas atingiram o terceiro mês consecutivo de alta acima de 200 mil em fevereiro, sinalizando uma recuperação mais forte do impacto global da crise de dívida.
Na zona do euro, os custos com horas trabalhistas subiram em 2,8 por cento no quarto trimestre comparado com o mesmo período do ano anterior, com aumento de 3,3 por cento na indústria, segundo a Eurostat, em um sinal de que a Europa luta para aumentar a produtividade e a competitividade.
As nações da zona do euro, com exceção da Alemanha, promoveram generosos aumentos salariais na última década durante o forte crescimento econômico que seguiu a introdução do euro, e isso está custando as margens de competitividade.
Os custos trabalhistas têm subido desde 2011 em cerca de 12 por cento na União Europeia como um todo e em quase 18 por cento na zona do euro, mostraram os dados da Eurostat.
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