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O contrato de prestação de serviços da Hughes incluirá uma cláusula que traz a imposição de franquias de dados por mês | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
O contrato de prestação de serviços da Hughes incluirá uma cláusula que traz a imposição de franquias de dados por mês| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A empresa norte-americana Hughes passa a oferecer internet banda larga via satélite no país a partir desta sexta-feira (1º). Os preços, no entanto, não são nada convidativos para os consumidores cansados de suas operadoras tradicionais.

Os planos residenciais partem de R$ 249,90 (para velocidade de 10 Megabits por segundo) e chegam a R$ 449,90 (20 Mbps). Há ainda uma taxa de adesão de R$ 359 e cláusula de fidelidade de 12 meses.

Como comparação, Net e Vivo oferecem 15 Mbps por R$ 99 fora dos combos. Nos pacotes que incluem TV por assinatura e telefone, o valor é menor.

Além disso, o contrato de prestação de serviços da Hughes incluirá ainda uma cláusula que causou recente discórdia entre consumidores e operadoras: a imposição de franquia de dados por mês. O plano será complexo, segmentando dados trafegados por horário.

No mais simples, de 10 Mega, o consumidor poderá utilizar 15 GB livremente e outros 20 GB entre a meia-noite e as 7h da manhã.

A franquia mensal total, nos planos residenciais, varia de 35 GB a 65 GB. Cada 1 GB extra contratado na franquia custará mais R$ 29,90. Segundo a Hughes, caso o usuário alcance o limite, a conexão não é cortada, mas a velocidade é reduzida.

No final de abril, a Agência Nacional de Telecomunicações proibiu, por tempo indeterminado, as operadoras de banda larga fixa de bloquear a conexão, diminuir a velocidade ou cobrar pelo tráfego excedente quando usuários extrapolarem os limites de dados mensais – isso, mesmo se tais condições estiverem previstas em contrato de adesão ou plano de serviço.

A agência deve lançar em breve uma consulta pública por 60 dias para ouvir usuários, empresas e entidades a respeito.

Mercado

Segundo a Hughes, o objetivo é chegar a regiões que hoje são mal atendidas pelas empresas tradicionais do setor. Os primeiros estados atendidos, ainda em julho, serão São Paulo e Minas Gerais. No primeiro ano de atuação, a Hughes espera cobrir 4 mil municípios (80% do território brasileiro) em 21 estados. Até 2018, o atendimento chegará a 90% do país.

De acordo com pesquisa Ipsos encomendada pela Hughes, 54% dos acessos de internet nos locais onde a Hughes vai operar são feitos em uma conexão de tecnologia inferior à que a empresa vai oferecer. Além disso, 43% dos entrevistados afirmam que o serviço de internet fixa não é oferecido onde moram.

Tecnologia

A Hughes vai oferecer o serviço via satélite que opera na chamada banda Ka, a mesma utilizada em alguns dos sistemas de internet em aviões.

A empresa afirma que, nos Estados Unidos, o serviço ocupa o primeiro lugar no ranking de empresas que mais entregam a velocidade anunciada, segundo o relatório anual Measuring Broadband America 2015, da Federal Communications Commission (FCC).

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