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Quem já não foi mal atendido em uma compra ou um serviço? Nesta hora dá uma vontade de sair falando para todo mundo. Pois a vingança pode ser lucrativa. Uma empresa americana recém instalada no Brasil está a procura de pessoas maiores de 18 anos, com segundo grau completo, que sejam detalhistas e que gostem bastante de procurar defeitos em empresas, principalmente as de varejo. Quem se enquadra nesta descrição, pode vir a ser um "cliente misterioro" e receber um rendimento extra.

A Bare Associates International, empresa especalizada em marketing, consultoria e treinamento, depois de uma negociação de quase seis meses, abriu seu escritório no Brasil em dezembro, e começa a expandir suas atividades. Ela está a procura de pessoas que possam servir como "cliente misterioso". As inscrições são feitas no site www.baiservices.com e existe procura para pessoas no Sul do Brasil, inclusive Paraná.

Para ser um "cliente misterioso", a pessoa, depois de se inscrever, deve ter seu currículo aprovado, passar por um treinamento feito pela internet e esperar ser designado para alguma tarefa. Se for selecionada, vai receber cerca de R$ 40,00, em média para fazer uma visita a um cliente da Bare, sem revelar que é um avaliador, ou seja misteriosamente, daí o título, e depois relatar detalhadamente como foi atendido. Há a possibilidade de fazer mais de um trabalho por mês, na medida em que a empresa tiver mais clientes e a pessoa for selecionada.

O Diretor de Desenvolvimento de Negócios da América Latina, da Bare, Ronaldo Oliveira, explica que em alguns casos, como na avaliação de hotéis cinco estrelas, em outro país, uma pessoa recebe em dólar, cerca de US$ 150,00. Se o hotel for menor e no próprio país, o pagamento pode ser de R$ 200,00, sempre livre de despesas. O "cliente misterioso" recebe sempre cerca de 30 dias depois de ter completado o relatório.

Além de poder fazer a avaliação do próprio cliente da Bare, o avaliador pode também ser mandado para um concorrente, para saber qual a diferença de atendimento. Para cada tarefa, o preço é negociado antecipadamente e o voluntário pode aceitar ou não.

Segundo a empresa, o objetivo das avaliações é, principalmente, dar um retorno para o cliente ser capaz de melhorar o treinamento, identificar áreas de problemas e revitalizar o quadro de funcionários através de programas de incentivos. Além disso, essas avaliações destacam os aspectos positivos da empresa, bem como áreas onde é preciso tomar mais cuidado.

"No Brasil talvez ainda não seja possível viver só disso, mas na medida que houver mais oferta, uma pessoa pode obter uma boa remuneração", explica Oliveira. Ainda não dá para comparar com o que acontece nos Estados Unidos, onde só a Bare possui cadastrados 38 mil avaliadores. Lá, ela atende a redes de hotéis, as revendas da Harley Davidson, a Microsoft, o Bank of America, entre outras grandes empresas. Já se expandiu também para 120 países e faz perto de 20 mil avaliações mensais no mundo para uma lista de 7.500 clientes.

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