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Dentro da empresa de tecnologia da informação (TI) EWM Informática, localizada em Curitiba, cerca de 70% do quadro de trabalhadores – que costuma variar entre 70 e 80 profissionais – é contratado como pessoa jurídica, entre eles o próprio gerente de TI, Eduardo Bernardes Ferreira. De acordo com ele, apenas os profissionais mais jovens são empregados dentro da CLT. "Salários a partir de R$ 2 mil começam a ter encargos muito pesados, especialmente em função dos incentivos de cada projeto, normalmente de participação nos lucros", diz.

Como empresa prestadora de serviços, os funcionários executam projetos específicos para outras firmas, com contratos individuais para cada trabalho. Isso, de acordo com Ferreira, viabiliza a manutenção de um grande número de profissionais terceirizados. "Temos uma equipe fiel à empresa há cerca de cinco anos, mais um grupo que oscila de acordo com a demanda. Todas as condições de trabalho são firmadas na hora do contrato. Ninguém bate ponto, por exemplo. Até hoje essa relação tem se mostrado bastante profissional e lucrativa para todos, em uma relação de ganha-ganha."

A terceirização também tem suas desvantagens. Ferreira observa que, como a relação de serviços entre pessoas jurídicas é mais liberais e há divisão de muita informação estratégica, tem aumentado os casos de infidelidade profissional. "O mercado agora tem mais daquilo que chamamos de mercenários. São parceiros que de uma hora para outra podem virar as costas para você e começar a atender seus clientes diretos, ou os concorrentes", explica. Uma saída para esses casos, ironicamente, pode estar em revalorizar contratos feitos com base na CLT, segundo o executivo.

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