A Prefeitura do Rio recebeu uma consulta da MGX Serviços Náuticos, empresa do grupo EBX, de Eike Batista, sobre a possibilidade de transferência da concessão da Marina da Glória, localizada no Parque do Flamengo, no Rio. O movimento ocorre em meio a uma série de articulações do grupo para se desfazer de ativos.
A concessão da marina é do grupo de Eike desde 2009. O grupo interessado é a BR Marinas, empresa que administra algumas marinas, como a Verolme, localizada em Angra dos Reis.
O espaço pertence à prefeitura e é administrado sob regime de concessão. Para que este seja alterado, é necessária uma autorização do governo municipal.
Procurada, a BR Marinas informou que o acordo ainda não está fechado e que, por isso, não irá se pronunciar. Já a REX, controladora da MGX Serviços Náuticos, disse que a informação sobre a venda da concessão não procede.
No início deste mês, a MGX Serviços Náuticos recebeu prazo de 30 dias para fazer adaptações nas obras do espaço.
Segundo o juiz federal Walner de Almeida Pinto, a MGX deve retirar a cisterna do local, disfarçar o alargamento do píer, remover as estacas do espelho d'água e liberar o acesso público ao mar.
As alterações, diz o juiz, restringem o uso do trecho da Baía de Guanabara onde fica a área de treino e competições de remo. Caso as mudanças não sejam feitas, a multa diária será de R$ 50 mil.
Outro problema enfrentado pelo grupo é para a aprovação de um projeto de reforma da marina.
Na segunda-feira, será publicado no "Diário Oficial" a criação de uma comissão para avaliar o que pode ser construído na área da marina. O grupo será formado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, órgão da prefeitura, e o IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil).
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