• Carregando...
Linha de produção da Jtekt em São José dos Pinhais: fabricantes de direções elétricas teriam combinado preços. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Linha de produção da Jtekt em São José dos Pinhais: fabricantes de direções elétricas teriam combinado preços.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou nesta segunda-feira (28) processo administrativo para investigar um suposto cartel de sistemas de direção assistida elétrica, conhecidos como EPS. O esquema teria funcionado no mercado brasileiro e internacional. Uma das investigadas é a Jtekt Automotiva Brasil, que tem fábrica em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

A investigação também abrange a Jtekt Corporation, matriz da empresa, que fica no Japão. Procurada pela Gazeta do Povo, a subsidiária brasileira da Jtekt disse que não vai se manifestar sobre o assunto, que é tratado unicamente pela administração global da companhia.

Além da Jtekt, são investigadas as filiais brasileiras e matrizes dos grupos japoneses NSK, Showa e Yamada Manufacturing, e da TRW, que tem origem norte-americana e hoje pertence à alemã ZF.

Startup paranaense cria serviço de produção de cervejas personalizadas

Eidee Design está desenvolvendo equipamento que automatiza a preparação da bebida

Leia a matéria completa

O Cade informa que, com a instauração do processo administrativo, os acusados serão notificados para apresentar suas defesas. Se a Superintendência-Geral do conselho opinar pela condenação, o caso será levado ao Tribunal Administrativo do Cade, responsável pela decisão final.

De acordo com o parecer da Superintendência-Geral, há fortes indícios de que os fabricantes “trocaram informações comercialmente sensíveis sobre preços, descontos e volumes de vendas no mercado, bem como celebraram ajustes, no Brasil e no exterior, com a finalidade de fixar preços e condições comerciais, alocar propostas de cotações para clientes e dividir mercados entre si”.

Conforme o comunicado do Cade, as práticas de cartel teriam sido conduzidas por pelo menos 19 pessoas – em sua maioria, japonesas – ligadas às empresas, e teriam sido implementadas por troca de e-mails, telefonemas e reuniões presenciais entre os anos de 2007 e 2011, pelo menos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]