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Vinhaça de cana-de-açúcar vira biogás na planta da GEO | Divulgação
Vinhaça de cana-de-açúcar vira biogás na planta da GEO| Foto: Divulgação

Demanda

Propostas inovadoras solicitaram no último ano R$ 635 milhões

De janeiro de 2013 a março deste ano, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) recebeu uma demanda de sete projetos voltados à produção de biogás, totalizando R$ 635,3 milhões. Apenas três propostas foram contratadas – entre elas o projeto da GEO Energética, o mais volumoso, na ordem de R$ 161,9 milhões.

O valor total contratado pela Finep desde janeiro do ano passado, incluindo projetos da Methanum Engenharia Ambiental, de Minas Gerais, e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), somam R$ 171,3 milhões.

A maior parte das propostas enviadas à Finep concentra-se na temática de biogás oriundo de vinhaça da cana-de-açúcar, fermentação anaeróbica de resíduos sólidos urbanos e de resíduos diversos agrícolas e agroindustriais. A aplicação do biogás obtido se distribui entre geração de energia térmica e vapor, e geração de energia elétrica.

Em 2008, outro projeto paranaense que recebeu apoio da Finep, no valor de R$ 2 milhões, foi a Geração Distribuída de Energia com Saneamento Ambiental, encabeçado pelo Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (ITAI).

Líder nacional na produção de biogás extraído de resíduos da cana-de-açúcar, a paranaense GEO Energética teve liberado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) um aporte de R$ 160 milhões para o desenvolvimento de tecnologias envolvendo materiais orgânicos utilizados como biodigestores no país. A empresa agora pretende expandir sua capacidade de produção de biogás para 500 megawatts (MW), a partir do investimento de R$ 250 milhões na construção de novas usinas. As ações devem ocorrer ao longo dos próximos sete anos.

A GEO Energética está há 13 anos no mercado e tem atividades industriais em Tamboara, no Noroeste do Paraná. A planta da unidade recebe insumos fornecidos por uma usina sucroalcooleira da região e produz com o material obtido biogás destinado à energia elétrica. A capacidade instalada da unidade é de geração de 4 MW e deve ser estendida para 12 MW.

Segundo o CEO da empresa de bioenergia, Alessandro Gardemann, o objetivo das novas pesquisas será ampliar o leque de agroindústrias abrangidas na geração de biogás. A ideia é integrar resíduos como soja e mandioca e também provenientes de proteína animal, como de frango, à produção de bioenergia.

A GEO Energética deve contar com o apoio financeiro da Finep por dez anos. Além da energia elétrica, as linhas de pesquisa contemplam novos arranjos e desenvolvimento de biometano veicular em substituição ao óleo diesel.

Investimento

Gardemann explica que ainda não é possível dizer onde as novas usinas de biogás da companhia serão construídas. A princípio, a escolha pelo local das plantas depende da disponibilidade dos resíduos orgânicos necessários para a produção. Apesar disso, o CEO diz que o Paraná apresenta uma situação "extraordinária" não só pela posição que ocupa na produção de cana-de-açúcar, mas também em relação à proteína animal. "Trinta por cento da produção do estado é de aves, um potencial muito grande", assinala.

Hoje, a empresa de bioenergia gera cerca de 40 mil metros cúbicos de biogás – a meta é chegar a 120 mil.

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