Empresa sueca abre nova estrutura no PR

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O reaquecimento da economia deve garantir à filial brasileira da siderúrgica SSAB uma expansão de até 15% ao ano em 2010 e 2011, após a estagnação deste ano – que é tida como um bom resultado, quando comparada à forte contração registrada pelo mercado. Fabricante de aços ultrarresistentes, a companhia sueca inaugurou ontem, em Arau­cária (região metropolitana de Curitiba), um centro de distribuição e serviços de 3 mil metros quadrados, no qual investiu cerca de R$ 500 mil.

"Vamos fechar o ano com resultado equivalente ao de 2008, quando vendemos 30 mil toneladas. Mas, como o mercado total recuou, nossa participação no mercado aumentou, o que nos dá motivo para esperar um forte crescimento em 2010", diz José Maurício Dieguez, diretor para a América do Sul da unidade Domex da SSAB. O executivo desconversa sobre a possível construção de uma fábrica no país, algo que foi alvo de rumores há dois anos, quando a empresa anunciou a intenção de construir o centro de distribuição. "A SSAB tem vários planos, mas nenhum em ponto de ser divulgado."

Negócio

No Brasil desde 2005, a empresa ocupava armazéns terceirizados em Paranaguá, que ficaram pequenos rápido demais: a expectativa inicial dos suecos era de vender cerca de 20 mil toneladas apenas em 2010. A companhia tem participação discreta no volume de aço consumido no Brasil – perto de 20 milhões de toneladas por ano –, mas vem ganhando terreno em nichos específicos como o de guindastes e, principalmente, implementos rodoviários.

Por ser mais resistente, o aço Domex permite o uso de chapas mais finas – assim, as carretas ficam, em média, 20% mais leves, reduzindo o consumo de pneus e combustível e permitindo aumento na carga útil dos caminhões. Um dos primeiros clientes da SSAB foi a Pastre, de Quatro Barras, que em 2005 lançou a "carreta mais leve do país". Logo foi seguida pela concorrência: hoje, seis dos sete principais fabricantes de implementos do país usam o aço da SSAB.