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Curitiba – Uma empresa social. Esse é o diferencial do Empório Giramundo. Resultado da união dos amigos Maurício Guerra Rausis, Lucymar Nicastro e Regina Guerra, a empresa trabalha com artesanato e vendas por catálogo, envolvendo cerca de 130 pessoas. Apesar de ter apenas três meses de mercado, o Empório Giramundo existe há um ano, quando os sócios iniciaram um trabalho junto aos fornecedores.

Interessados em montar uma empresa que tivesse desde o início uma preocupação com responsabilidade social, os empresários optaram pelo setor de artesanato por causa da possibilidade de gerar renda para um número maior de pessoas. "Trabalhar com artesanato é muito difícil devido à falta de incentivo. Por isso decidimos investir nessa área", explica Maurício, diretor financeiro.

O primeiro passo foi a seleção de produtos para figurar no catálogo. Regina, diretora de projetos e produtos, foi a responsável pela escolha dos materiais. Uma das exigências dos empresários era a possibilidade de fabricação em grande quantidade dos produtos. Foi aí que encontraram os primeiros problemas e deram início a ações de responsabilidade social. "Devido à dificuldade financeira de muitos artesãos, antecipamos o capital para alguns e compramos o estoque de outros, para que pudessem aumentar a capacidade de produção", afirma Regina.

Selecionados os produtos, era necessário preparar o catálogo e montar um show room. Para isso, os sócios compraram um mostruário de cada fornecedor, já que eles não teriam como fornecer os produtos gratuitamente. Além desse gasto, todas as fotos, a diagramação do catálogo e a produção de mil exemplares foram pagos com recursos do caixa da empresa, que ainda nem tinha se lançado no mercado. "Ao todo, fizemos um investimento de cerca de R$ 50 mil antes de abrir o negócio propriamente dito, o que só aconteceu no dia 10 de abril", conta Rausis.

Marketing

Outra escolha que derivou da visão social dos empresários foi a do marketing de varejo. "Escolhemos a venda porta a porta para poder gerar mais empregos e proporcionar a mais gente ganhar renda a partir da empresa", justifica Lucymar Nicastro, diretora comercial.

A opção, no entanto, teve seus percalços. Para contratar vendedores, os sócios publicaram um anúncio de vagas. Receberam mais de 200 currículos, quase todos de pessoas com problemas de crédito. "Isso dificultou o nosso trabalho, porque não pudemos selecionar boa parte das pessoas e ficamos com um número de vendedores abaixo do esperado", explica Lucymar.

A solução foi conciliar vendas no atacado ao objetivo inicial de trabalhar exclusivamente com o varejo. "Apesar de ter essa visão social, o Empório Giramundo é uma empresa e, portanto, visa lucro. Além disso, temos muitos artesãos envolvidos nesse processo e precisamos gerar renda para eles", justifica ela.

Apesar das dificuldades, a empresa já atende cidades do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais com 30 vendedores no varejo e quatro representantes no atacado. O objetivo é chegar a 200 vendedores até o fim do ano e aumentar o número de cidades atendidas no interior.

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