A desaceleração da economia no segundo trimestre de 2012 levou o Brasil a cair seis posições no ranking de otimismo elaborado pela consultoria Grant Thornton divulgado nesta segunda-feira (16), chegando ao 8º lugar, ante a vice-liderança no trimestre anterior. A queda reflete o menor número de empresários que se declararam otimistas sobre o desempenho da economia brasileira nos próximos 12 meses. No segundo trimestre, 61% dos empresários se declararam otimistas, uma proporção 25 pontos percentuais menor do que no trimestre anterior.

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"O empresário brasileiro está mais cauteloso com relação aos investimentos, mas ainda está otimista", diz Madeleine Blankenstein, sócia da Grant Thornton Brasil. Além da piora do mercado interno, Madeleine ressalta a falta de projetos de longo prazo de infraestrutura no Brasil, como os principais aspectos para a redução da perspectiva otimista. Esse cenário prejudica a entrada de novos investimentos.

Os empresários mais foram os do Peru (96%), Chile e Filipinas (90%), Geórgia (83%), Canadá (70%), Índia (67%) e África do Sul (63%). O destaque positivo foi da Bélgica, onde o nível de otimismo no segundo trimestre aumentou 64 pontos percentuais para 28%, revertendo a perspectiva negativa dos primeiro trimestre (-26%). O mesmo ocorreu na Suíça com uma elevação de 38 pontos percentuais do nível de otimismo, passando de -22% para 16%. Para o estudo, a Grant Thornton entrevistou 11,5 mil empresários em 40 países.

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