O Brazil-US Business Council defendeu uma solução negociada para o conflito envolvendo o Brasil e os Estados Unidos na questão do algodão. O braço brasileiro da organização comercial, ligado à Confederação Nacional da Indústria (CNI), afirmou em carta divulgada na terça-feira (3)) que a imposição de medidas retaliatórias pelo governo brasileiro a produtos americanos não seria do interesse dos dois países. O anúncio ocorre na véspera da visita de uma representante do governo dos EUA ao Brasil para tentar convencer os brasileiros a encontrarem uma solução negociada.
A embaixadora Miriam Sapiro, do U.S. Trade Representative, que cuida das questões de comércio internacional dos EUA, deve desembarcar em Brasília nesta quinta-feira (1º) para negociar com autoridades brasileiras e impedir as retaliações. Não está claro qual a agenda. Depois de um embate iniciado em 2002, os brasileiros venceram a disputa na Organização Mundial do Comércio (OMC) para poder retaliar os EUA. Os americanos, segundo a entidade, concedem subsídios ilegais aos produtores de algodão do país, o que traz prejuízos para os concorrentes brasileiros.
"Embora consideremos a retaliação um mecanismo legítimo em acordo com a OMC, reconhecemos e enfatizamos que isso não está no interesse de longo prazo dos dois países. Portanto, apoiamos a ideia de um pacote negociado que constitui uma alternativa para a retaliação comercial", afirma a carta assinada por Henrique Rzezinski, presidente do Brazil-US Business Council em Brasília - há um braço da entidade nos EUA. Ele também assinou a carta em nome da Braztac, que significa Coalizão de Ação Comercial do Brasil, na sigla em inglês.
-
Queimadas crescem 154% na Amazônia e batem recorde no segundo ano do mandato de Lula
-
3 pontos que Flávio Dino “esqueceu” ao comparar os julgamentos do 8/1 com os do Capitólio
-
Os inimigos do progresso dentro do próprio país
-
Proibição de celulares nas escolas faz bem, especialmente para as meninas, sugere estudo da Noruega
Contas de Lula, EUA e mais: as razões que podem fazer o BC frear a queda dos juros
Muita energia… na política: ministro ganha poder com agenda ao gosto de Lula
Bônus para juízes, proposto por Pacheco, amplia gasto recorde do Brasil com o Judiciário
Quais impostos subiram desde o início do governo Lula e o que mais vem por aí