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Não há risco de o Brasil sofrer um "caladão", ou seja, uma interrupção ampla nos serviços de telecomunicações. Essa é a opinião de empresários do setor que estiveram reunidos em um seminário na última semana em Brasília para discutir investimentos e competição.

De acordo com o diretor de Estratégia Cooporativa da OI, João de Deus, as empresas têm investido em novas tecnologias, segurança e dispositivos que permitem atender à demanda brasileira. Além disso, segundo ele, as redes das empresas e dos diferentes tipos de serviços são independentes umas das outras, o que impede que haja um apagão generalizado nas comunicações. "As redes são paralelas. Por exemplo: quatro operadoras móveis são quatro redes diferentes. Então se uma para, as outras três continuam funcionando. Não é como no sistema elétrico que só tem tem uma rede que é responsável por tudo. No caso de telecomunicações são várias redes sobrepostas", explicou o executivo.

O diretor de assuntos regulatórios da Vivo, Ércio Zilli, concorda que "no momento, não chegamos ao ponto" de um colapso no sistema. Apesar disso, ele reconhece que a demanda brasileira por telefonia e internet móveis surpreendeu até os mais otimistas. "O planejamento da rede foi feito com base em parâmetros internacionais, no Brasil eles excederam totalmente esses parâmetros. Se você olhar por essa ótica eles [os consumidores] surpreenderam nesse nível", afirmou Zilli.

Essa demanda se traduz em sobrecarga na rede que faz esses serviços chegarem ao consumidor. E sobrecarga significa baixa velocidade de internet. "O que a gente vê é o seguinte: é necessário definir planos e serviços não baseados em velocidade e sim por quantidade de tráfego. Isso é mais adequado à realidade do mercado em função de não se poder garantir a velocidade", completou o executivo da Vivo.

A possibilidade de colapso partiu do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardemberg. Ele admitiu que uma comissão está se reunindo para avaliar essa possibilidade e as soluções, em caso de necessidade. A notícia surgiu logo depois de o ministro das Comunicações, Hélio Costa, apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um plano de universalização da banda larga no Brasil.

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