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O programador Izaías Cavalcanti morava nos EUA e foi contactado por empresa brasileira que viu seu perfil no LinkedIn. Ele fez a entrevista de emprego via MSN | Divulgação / Arquivo Pessoal
O programador Izaías Cavalcanti morava nos EUA e foi contactado por empresa brasileira que viu seu perfil no LinkedIn. Ele fez a entrevista de emprego via MSN| Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal
  • A estagiária Caroline Pereira foi alertada por uma amiga da oportunidade divulgada no Twitter

Diversas empresas já aderiram ao microblog Twitter para divulgar vagas de trabalho. Por enquanto, o instrumento é mais usado por companhias dos ramos de tecnologia e informática, segundo especialistas, mas a expectativa é de, em pouco tempo, a ferramenta ser utilizada por todos os setores.

O Twitter funciona como um blog, no qual o usuário envia mensagens para uma lista de seguidores, os "followers". O internauta também recebe em seu perfil as atualizações das pessoas que segue. Diferentemente dos blogs tradicionais, o texto é limitado a 140 caracteres - clique aqui para saber mais.

Na agência de publicidade digital Digitas, de São Paulo, as vagas são divulgadas pelo Twitter há mais de um ano (www.twitter.com/rhTribal). A responsável pelo departamento de Gestão de Talentos, Ana Célia Magalhães, disse que recebe de 100 a 300 currículos toda semana. "Na grande maioria das pessoas contratadas, o currículo chegou após a divulgação da vaga no Twitter."

A agência divulga todos os tipos de vaga no microblog, desde para estagiários até para diretor de conteúdo.

Na empresa do mesmo ramo iThink, o Twitter (www.twitter.com/rhithink) também é usado para os processos seletivos. A gerente de gestão de pessoas, Karla Baratto, considera o microblog como uma "propaganda boca a boca". "É uma ferramenta de divulgação boa, principalmente nessa área de TI. A gente entende que as pessoas mais antenadas, mais modernas de alguma forma, estão lá", analisa.

A estagiária de publicidade Caroline Pereira é um exemplo do sucesso do Twitter como ferramenta de seleção. Ela conseguiu o estágio atual por meio do microblog. Na época, ela ainda não tinha um perfil, mas foi alertada por uma amiga que tinha. "Minha amiga comentou e eu me candidatei, mandei o currículo e eles me chamaram para entrevista."

"Acho legal porque o Twitter é como um mural. Em sites de emprego sempre me cadastrei e vinham oportunidades que não tinha nada a ver comigo. No Twitter, você escolhe a vaga que é seu perfil", diz a estagiária.

Cuidados

É preciso ter cuidado, porém, com o que se tem no Twitter, conforme indica Karla Baratto, da iThink. "Eu analiso os posts, utilizando dois critérios: a quantidade e a qualidade de novidade e inovação que o usuário divide com os seus seguidores. Além disso, mensuro o nível de exposição de valores pessoais. Se as crenças do twitteiro divergirem em relação aos valores da empresa, há grandes chances de eu não chamá-lo para a entrevista."

Para a empresa de tecnologia da informação Conquest One (www.twitter.com/conquestone), o Twitter ainda é ferramenta recente, mesmo assim, já foram efetivadas contratações.

Expansão para outras áreas

O diretor da Conquest One Antonio Loureiro considera que a utilização do Twitter é maior pelas empresas da área de informática por conta do perfil dos funcionários. Ele diz, no entanto, que a expectativa é de que empresas de outros ramos façam adesão.

"Eu não tenho dúvida de que empresas de vários ramos vão entrar. É como a TV, que no começo era uma ferramenta de comunicação disponível para poucos e foi se tornando pública", avalia.

A gerente da iThink, Karla Baratto, concorda: "Acho que o fenômeno começou nas empresas da área digital porque é a linguagem que a gente fala, mas acho que vai se expandir. É questão de tempo".

Vagas de várias empresas

Além de páginas específicas de empresas, há perfis no Twitter que agregam vagas de várias companhias.

Um deles é a página da comunidade online de trabalho Trabalhando.com.br (www.twitter.com/trabalhandobr), com cerca de mil seguidores. Eles postam as vagas que recebem de empresas, entidades e agências de emprego.

"Achamos interessante pela rapidez que o site oferece. Quem está no Twitter recebe informações em tempo real, não precisa checar o site todo dia", avalia o diretor do portal, Renato Grinberg.

Outro perfil citado pelos entrevistados do portal G1 como ferramenta para buscar vaga é o Trampos (www.twitter.com/trampos), que reúne vagas de diversas empresas.

LinkedIn

Além do Twitter, as empresas também utilizam o LinkedIn, que é como um Orkut só com informações profissionais, como ferramenta de seleção.

A agência Digitas contratou um de seus programadores, Izaías Cavalcanti, pela ferramenta. Ele estava morando e trabalhando nos Estados Unidos quando foi contactado pela empresa após deixar seu perfil no LinkedIn.

O primeiro contato foi por e-mail, mas as entrevistas ocorreram via serviço de mensagem instantânea MSN.

"Tudo começou pelo LinkedIn. Eles viram meu perfil e me mandaram um e-mail. Mas, na ocasião, eu não tinha o perfil para a vaga que eles tinham. Depois de um mês, me procuraram de novo e conversamos pelo MSN e deu certo", conta.

Para o programador, ferramentas como o Twitter e o LinkedIn, são "superválidas" para quem está em busca de uma oportunidade. "Sempre recebo e-mails de empresas, daqui e de fora, eles vêm o portfolio e se interessam. Eu consegui fazer um trabalho free lancer para uma empresa de Londres que viu o perfil no LinkedIn."

Uma das maiores empresas de TI do Brasil, a Dell também utiliza o LinkedIn para processos seletivos, segundo informou Graça Bullara, gerente de recrutamento de talentos.

Concurso pelo Twitter

A agência de publicidade DM9 vai realizar um concurso para seleção de estagiários pelo twitter (www.twitter.com/sigamidiadm9). Estudantes do 2º ou 3º ano de publicidade no período noturno devem ter um perfil exclusivo para o processso. Sai na frente com obter o maior número de seguidores entre os candidatos concorrentes no processo. Os interessados devem se cadastrar no site da empresa até 6 de julho.

"Toda a agência está voltada para o pensamento convergente, foi dentro dessa filosofia que decidimos criar uma ação inovadora que homenageasse esse profissional de forma diferente ao buscar novos talentos usando uma nova mídia", explica a diretora da DMP Monica de Carvalho.

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