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Empresas estrangeiras dos setores de papel, celulose e de painéis de madeira que instalaram fábricas no Brasil nos últimos anos estão preocupadas com o futuro delas no país. A maioria vinha comprando grandes fazendas ou se associando a fundos estrangeiros para a aquisição de áreas. "A limitação pode comprometer, no futuro, o abastecimento das linhas de produção do setor", diz Otavio Pontes, vice-presidente da sueco-finlandesa Stora Enso no Brasil. A multinacional é dona de uma fábrica de papel para revista em Arapoti, no norte pioneiro, e é sócia da Fibria na Veracel, fábrica de celulose branqueada no Rio Grande do Sul.

No Rio Grande do Sul, a Stora Enso comprou 45 mil hectares, dos quais 21 mil já plantados com eucalipto, de um total previsto de 100 mil hectares. Mesmo antes da medida da Advocacia-Geral da União (AGU), impasses em relação à área atrasaram em dois anos a regularização das terras. A Stora Enso também tem áreas no Uruguai, onde vai construir uma fábrica de celulose com a Arauco, orçada em US$ 2 bilhões.

A própria Arauco, segundo informações de mercado, possui 25 mil hectares pendentes de regularização no Paraná. A chilena Masisa, que tem fábrica de painéis de madeira em Ponta Grossa, na região de Campos Gerais, e em Montenegro (RS), suspendeu a compra de 20 mil hectares no Rio Grande do Sul, segundo Germano Vieira, diretor florestal da companhia no Brasil.

Fundos

As gestoras de fundos estrangeiros, que desembarcaram no Brasil na última década, dizem que a tendência é o país ‘’perder atratividade". "Os investidores internacionais estão preocupados com a mudança radical de posição do governo", diz Claudio Ortolan, diretor de investimentos da Global Forest Partners (GFP), uma das primeiras gestoras de fundos e que administra ativos em oito estados.

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