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A licença para dragagem concedida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) reduz em 50% a área a ser aterrada na Ponta do Félix e com isso limita o plano de expansão do porto de Antonina, também divulgado nesta quinta-feira. O Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado de Antonina (PDZP) previa o aterro de 143 mil metros quadrados, que permitiria a construção de três novos berços públicos para atracação de navios. O coordenador da comissão de licença de dragagem, Pedro Dias, disse que o IAP foi "conservador", mas que o processo pode ser revisto com a análise constante do comportamento das marés e outras variáveis.

De acordo com o plano de arrendamento de áreas, feito pela Appa e pelo Conselho de Autoridade Portuária de Antonina (CAP), os três berços seriam construídos em uma área total de 210 mil metros quadrados, com extensão de 700 metros. Pela licença do IAP, essa medida deve cair pela metade, pelo menos em uma primeira fase.

Segundo o presidente do CAP, Jozué Marques da Silva, as empresas interessadas em arrendar a área já podem fazer consultas e apresentar projetos, que serão encaminhados à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Depois disso, a Appa e o CAP podem abrir licitação para empresas em geral. Os valores investidos vão depender dos projetos apresentados. "No momento da requisição, o empresário apresenta um projeto básico que vai gerar um estudo econômico, para valorar a área a ser utilizada e os investimentos necessários", afirmou Silva. Para ele, esse projeto representa a revitalização do porto público. "O empresário não sabia como investir aqui. Vamos fazer a ampliação utilizando as facilidades que a Ponta do Félix já tem", acrescentou.

A empresa privada Terminais Portuários da Ponta do Félix pretende arrendar um dos berços. De acordo com o diretor Juarez Moraes e Silva, o espaço seria utilizado para o embarque de veículos. O projeto tem custo estimado de R$ 60 milhões, mas pode sofrer modificações de acordo com a licitação. Segundo ele, a ampliação do porto não implica concorrência com as atividades de Paranaguá. "Pelo contrário, existe uma complementação. Há espaço para crescermos juntos, já que cargas de Santos e Santa Catarina podem vir para cá", observou. "Nossa intenção é que Antonina volte a ser uma cidade portuária, não para competir com Paranaguá, mas sim para ser mais um espaço de desenvolvimento", disse o superintendente da Appa, Eduardo Requião.

O PDZP foi entregue à Câmara Municipal de Antonina para compor o Plano Diretor do município, que deve ser votado e implementado a partir do próximo ano. O plano prevê a construção de novos acessos aos terminais portuários e exploração turística da cidade.

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