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Gestores antenados sabem que investir no quadro de funcionários é um importante fator para obter resultados. Oferecer cursos, treinamentos, palestras e todo tipo de atualização é visto como imprescindível para líderes que querem garantir a competitividade de suas equipes. Nos últimos anos, o segmento de cursos "in company" – estrangeirismo para cursos feitos dentro da empresa, para a capacitação do próprio pessoal, ou em escolas, em turmas fechadas para funcionários do lugar – vem crescendo bastante, asseguram os profissionais do meio.

O supervisor acadêmico do Centro Europeu, Rogério Gobbi, conta que de 2004 para 2005 dobrou o número de empresas que procuraram cursos sob medida. "Os conteúdos que ofeceremos são diversos, mas os mais pedidos são de idiomas, gestão e comércio exterior. A vantagem é que o curso fica bem focado nas necessidades da empresa", explica. De acordo com Gobbi, os cursos in company são formatados em conjunto com o corpo gerencial da empresa. "Nós fazemos um diagnóstico, propomos uma metodologia e passamos para a direção aprovar. Costumo dizer que é um trabalho de alfaiate, porque tiramos todas as medidas da empresa", brinca. A escola oferece cursos profissionalizantes em diversas áreas e cinco idiomas: inglês, francês, espanhol, alemão e italiano.

A Maclínea S.A. pediu um curso de espanhol para o Centro Europeu. Especializada em máquinas para a indústria moveleira, há dois anos a fábrica começou a exportar seus produtos para a América Latina e percebeu que os técnicos tinham dificuldade para se comunicar com os clientes. O supervisor de Recursos Humanos da Maclínea, Valmir Batista Oliveira, conta que a opção pelo curso in company foi feita para que todos os técnicos pudessem ter o mesmo conhecimento do idioma. "Além disso, como todos os alunos trabalham na mesma área, o professor pode dar exemplos de situações reais, o que torna o curso mais proveitoso", explica. Agora, 12 funcionários da empresa fazem aulas todos os sábados na escola.

A Farmácia e Drogaria Nissei também procurou o Centro Europeu para montar um curso de gerenciamento de empresas para 30 gerentes de Curitiba. De acordo com a coordenadora de Recursos Humanos da empresa, Tatiana Rabitto, os resultados vieram rápido. "Até pouco tempo nossos gerentes centralizavam seus trabalhos no aprimoramento do atendimento ao cliente. Hoje, além disso, eles se interessam pela área administrativa, com novas idéias e sugestões para o futuro da empresa", afirma.

Outra instituição de ensino que oferece cursos in company é o Centro Universitário Positivo (UnicenP), onde também houve um aumento na procura por treinamento. "O setor tem crescido ultimamente", confirma o coordenador de relações com o mercado, Bruno Rocha Fernandes. "Isso porque as empresas precisam de soluções de mercado específicas e muitas vezes os cursos abertos têm conteúdos descolados da realidade", compara.

Uma vantagem dos cursos in company citada por Fernandes é de que neles são expostas e analisadas as fragilidades das empresas, o que normalmente não é feito nos cursos abertos, até por questões de sigilo. Além disso, os cursos costumam ser mais baratos. "Um MBA, por exemplo, custa em torno de R$ 13 mil a R$ 15 mil para um ano, um ano e meio de duração, enquanto um curso in company de mesmo conteúdo custa cerca de 20% a 30% menos", quantifica o coordenador.

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