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A retração na oferta de crédito internacional obrigou as empresas brasileiras a buscarem alternativas domésticas para financiar investimentos. Um termômetro da mudança é a forte expansão dos empréstimos bancários, na casa de 30% no primeiro semestre, e a evolução das captações feitas no mercado de renda fixa, com emissão de debêntures e notas promissórias. Já as operações no mercado externo recuaram 36%.

O lançamento de ações, uma das principais fontes de recursos das empresas nos últimos anos, foi prejudicado pelo mau humor do ambiente internacional, que reduziu o apetite do estrangeiro por papéis de mercados emergentes. No primeiro semestre, apenas quatro novas empresas entraram no mercado acionário, o que representou uma queda de 44,5% no volume total de ofertas, conforme dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimentos (Anbid). Com investimentos na carteira, as empresas tiveram de retornar ao mercado doméstico, apesar do atual ciclo de alta dos juros.

Essa foi uma das grandes surpresas da última safra de balanços dos bancos. Nos quatro principais bancos nacionais (Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Unibanco), a carteira de crédito para grandes empresas cresceu 30% no primeiro semestre, ante igual período de 2007, e somou R$ 180,3 bilhões. "Nos últimos anos, houve uma mudança grande de escala das companhias brasileiras. Com isso, as necessidades operacionais e de investimento também cresceram", diz o diretor-executivo do Bradesco, Sérgio Clemente.

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