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Ribeiro de Oliveira, da Anefac: modalidade pode ser útil para quem tem dívidas no cartão ou no cheque especial | Divulgação
Ribeiro de Oliveira, da Anefac: modalidade pode ser útil para quem tem dívidas no cartão ou no cheque especial| Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - A cada ano o brasileiro vem recorrendo mais a linhas de crédito para antecipação do 13.º salário. Neste ano, a procura aumentou 25% em relação ao ano passado. Os principais bancos oferecem a modalidade durante todo o ano – mais da metade da demanda, entretanto, concentra-se entre outubro e novembro.

De acordo com os bancos, a taxa de juros da linha começa a partir de 2,73% ao mês. Segundo economistas, a modalidade é uma boa opção para quem está endividado no cheque especial, cujos juros estão em 8,25% ao mês, ou no cartão de crédito, com taxas de 10,69% mensais.

Miguel José Ribeiro de Oli­veira, vice-presidente da Asso­ciação Nacional dos Execu­tivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), lembra que é preciso atenção aos encargos cobrados na operação. Ele cita a Taxa de Abertura de Cré­dito (TAC), que varia entre os bancos, e o Imposto sobre Ope­rações Financeiras (IOF).

É preciso atenção também, dizem especialistas em finanças pessoais, quanto ao pagamento. Alguns bancos permitem que o cliente pague o empréstimo em algumas prestações; em outros, o empréstimo tem de ser pago em uma única vez. "O ideal é sempre trocar uma dívida cara por uma barata. Em vez de entrar nos juros rotativos do cartão de crédito ou no cheque especial, há linhas mais baratas. Por isso, o consumidor deve sempre estar atento e perguntar as taxas e os encargos sobre cada operação", avalia Ribeiro de Oliveira.

Entre os grandes bancos, o Bradesco (que empresta até 80% do 13.º salário) cobra juros a partir de 2,73% ao mês. No Itaú-Unibanco, a linha permite financiamentos de até R$ 10 mil, com uma taxa a partir de 2,92% mensais. A Caixa empresta até 90% do benefício, com juros de 2,90% ao mês.

No Santander, é possível financiar até 100% do salário, com juros a partir de 3,49%. "A contratação do produto não impede que o cliente adquira outros empréstimos no banco. Além disso, ele não comprometerá o seu orçamento mensal, já que o pagamento é feito na data de vencimento contratada", diz Rogério Estevão, superintendente-executivo de Emprés­timos Pessoa Física do San­tander.

No Banco do Brasil, a procura foi intensa nos primeiros sete meses deste ano. A demanda pela linha, que já liberou R$ 755 milhões, cresceu 25% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 910 mil operações e um empréstimo médio de R$ 830. A modalidade, que cobre até 80% do décimo terceiro salário, tem juros a partir de 3,21%.

Dependendo do perfil do cliente, a linha pode ser contratada automaticamente, em caixas eletrônicos e até pela internet. Por isso, sugerem especialistas, é preciso cuidado para não se endividar mais que o necessário. "É preciso lembrar que o financiamento deve ser pago em dezembro, véspera de despesas extras, como os encargos de início de ano. Por isso, deve-se planejar a médio prazo antes de sair pegando dinheiro emprestado porque a conta chega sempre na pior hora", diz o consultor de investimentos Vladimir Amorim.

Pela lei, as empresas podem pagar o 13.º em duas parcelas, sendo a primeira até 30 de novembro e a segunda, até 20 de dezembro. O benefício também pode ser pago de uma vez só. Nesse caso, o limite é dia 20 de dezembro.

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