Encomendas de supermercados para Páscoa sobem 14%

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São Paulo (Folhapress) – As redes de supermercados aumentaram em 14% as encomendas de produtos para o período da Páscoa deste ano, segundo pesquisa divulgada ontem pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Segundo o presidente da associação, João Carlos de Oliveira, o aumento nas vendas no período devem crescer entre 10% e 15% na comparação com a Páscoa do ano passado. Oliveira afirmou que, ao contrário de 2005, a Páscoa deve acontecer em um período que ele chamou de "agradável". "Acredito que recuperaremos muito em abril, podendo reverter o primeiro trimestre negativo de 2006", disse.

O levantamento foi realizado com 50 empresas do setor supermercadista. Segundo a pesquisa, 63% dos entrevistados afirmaram que comprarão artigos relacionados à Páscoa a mais do que compraram no ano passado, enquanto que 28% disseram que manterão as compras nos mesmos níveis que 2005.

A preferência neste ano, segundo a Abras, permanece com os ovos de Páscoa de até até 150 gramas. Em razão do dólar barato, os produtos importados, como bacalhau e vinhos, também serão favorecidos. As encomendas de bacalhau terão aumento de 14% em relação a 2005, e os vinhos importados, de 16%. "A expectativa do setor é muito positiva, pois 80% dos entrevistados apostam que os consumidores comprarão mais e nenhum deles acredita que haverá queda nas vendas", disse Oliveira.

O preço do bacalhau neste ano está entre 14% e 18% menor que no ano passado, informou a associação. O vinho, por sua vez, está entre 18% e 20% mais barato. Ele acrescentou que os preços dos grandes fabricantes de chocolate subiram de 5% a 8%, enquanto os dos fabricantes menores ficaram praticamente estáveis.

Queda

As vendas reais no setor supermercadista registraram queda de 1,5% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado, informou a Abras. Na comparação com janeiro deste ano, a queda foi maior, de 4,31%. Apesar de as vendas do setor continuarem apresentando queda em fevereiro e, levando em conta a sazonalidade própria do mês, o desempenho negativo ainda foi mais ameno que o de janeiro, que chegou a 2,16%.