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Energia elétrica e telefone com reajustes negativos e a estabilidade nos preços da água, esgoto e ônibus permitiram ao curitibano desembolsar em 2006 quase o mesmo valor que em 2005 para pagar contas de serviço público ou de preço monitorado. O índice de tarifas administradas pelo governo fechou o ano em alta de 0,34%, com pouca participação na inflação do período, que encerrou 2006 na capital com variação de 2,50%.

O aumento das tarifas é o menor desde que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese) e o Sindicato dos Engenheiros do Paraná iniciaram a pesquisa, em 2002. "Desde 1995 não havia tamanha estabilidade", conta o economista do Dieese, Sandro Silva.

O consumidor curitibano se surpreendeu em julho com duas contas que caíram de valor. A energia elétrica ficou mais barata (-7,26%) pelo estímulo de lei federal, que instituiu o realinhamento tarifário. Com ele, o consumidor residencial foi liberado de parte do subsídio cobrado durante 15 anos em benefício de indústrias e centros comerciais. Entre 2004 e 2008, o preço será reduzido em 12,38%.

Outro serviço reajustado no meio do ano que deixou de elevar os gastos familiares foi o telefone fixo (-0,44%). A mensalidade do celular, em contrapartida, subiu 5% em média.

Em dezembro, a variação dos preços administrados por contrato e monitorados foi de -0,18%. O único reajuste do mês foi o das concessionárias de pedágio, que encareceram as viagens de férias entre 1,79% (Caminhos do Paraná) e 10,47% (Econorte). A Ecovia, que administra a praça da BR-277 para o litoral, subiu a tarifa em 2,56%, para R$ 10,87. Fora o gás de cozinha, que variou pouco (0,36%), em dezembro os combustíveis caíram (álcool, 1%, diesel, 0,22% e gasolina, 0,75%).

Para este ano, a expectativa do Dieese é que haja alta nos preços. "A Copel possivelmente terá reajuste positivo porque os preços de contrato vinham em queda acompanhando o dólar, que agora estacionou ", diz Silva. Outro fator que pode encarecer a luz residencial é o medo de que novas restrições de energia acometam o país nos próximos anos. "Com o recurso mais escasso, a lei do mercado o encarece", diz o diretor da consultoria Enercons, Ivo Pugnaloni. Outra possibilidade de encarecimento da conta seria o retorno do seguro-apagão, extinto no início de 2006.

O álcool, cujo preço caiu no ano 2,87%, fechando dezembro a R$ 1,52 o litro nos postos de Curitiba, em média, já teve alta neste início de mês de até 13%, sendo encontrado em geral por R$ 1,69. Apesar de não ter o preço controlado, o insumo é um dos componentes da gasolina (na proporção de 23%), e esta também começa a subir e pode ser encontrada por R$ 2,59. Segundo o Dieese, no ano os postos de Curitiba promoveram a segunda maior alta da gasolina entre as capitais, de 6%.

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